Por Jorge Lorente Em Palavras de Vida

Festa dos Missionários Pedro e Paulo

Celebramos hoje a festa dos Apóstolos Pedro e Paulo, homens que se fizeram as bases da Igreja e proclamaram sua fé no Mestre Jesus testemunhando com a sua própria vida



São Pedro e São Paulo


Animados pelos exemplos dos Apóstolo Pedro e Paulo, todas as nossas famílias e comunidades precisam ser missionárias, mesmo nas perseguições e dificuldades, anunciando para todos os povos a Palavra que é Vida, o Evangelho da vida plena.

Vamos às leituras deste Décimo Terceiro Domingo do Tempo Comum, em que festejamos as figuras basilares da nossa ação eclesial ao redor do Cristo Vivo:

Primeira leitura - At 12, 1-11

A primeira leitura, tirada do livro dos Atos dos Apóstolos, nos apresenta o ponto alto e final da missão de Pedro. No versículo 5 vemos algo que foi essencial para que a providência de Deus acontecesse a Pedro; a oração permanente da Igreja. Ressalta a importância da oração em nossas vidas e de modo especial, valoriza a oração comunitária. A comunidade rezava de forma incessante e Deus se manifestou a Pedro de forma sobrenatural, através de um anjo. Pedro não conseguia entender o que estava acontecendo e ficou extasiado naquele momento, a ponto do anjo de Deus ter que instruí-lo em coisas tão básicas, como: “levanta, vista-se, calce as sandálias, ponha a capa, siga-me”. E Pedro o seguiu, mesmo não sabendo se era real o que estava lhe acontecendo; tudo lhe parecia uma visão. Mas Pedro, após ter sido libertado da prisão, caiu em si e disse: "Agora sei, sem nenhuma dúvida, que o Senhor enviou o seu anjo e me libertou das mãos de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava". Por isso, nunca é demais nos lembrarmos de que, quando necessário, Deus nos orienta nos mínimos detalhes, para alcançarmos as suas bênçãos, mesmo que às vezes não estejamos entendendo o que está acontecendo. A lição que podemos tirar desta leitura é a de que, nos momentos difíceis, nos momentos de lutas, devemos sempre obedecer a Deus, mesmo parecendo ser algo irreal, pois nem sempre iremos compreender os caminhos que Deus usa para nos abençoar.

Salmo - 33 (34)

O salmo 33 é uma oração de agradecimento, feito no meio da comunidade dos pobres. Aparentemente, o salmista é um pobre que, em meio a uma situação difícil, fez a experiência da solidariedade de Deus e foi liberto. Trata-se de um convite para as comunidades dos pobres se comprometerem com o projeto de Deus, Projeto do qual brotou a justiça. É um convite para reconhecer a presença de Deus junto aos necessitados. Em seguida, o salmista deixa transparecer que é preciso empenhar a própria vida na luta pela verdade e justiça, para que todos possam viver dignamente. Essa é a luta que constrói a paz. Nessa luta o Senhor toma o partido dos justos, ouvindo os seus clamores, libertando-os e protegendo-os. Por outro lado, o Senhor Deus se posiciona contra os injustos, que são destruídos pelo próprio mal que produzem.

Segunda leitura - 2Tim 4, 6-8.17-18

A segunda leitura, tirada da segunda carta de São Paulo a Timóteo apresenta-se como o testamento de Paulo. Numa espécie de balanço final da vida do apóstolo, a carta recorda a resposta generosa de Paulo ao chamamento que Jesus lhe fez e o seu compromisso total com o Evangelho. É um texto que comove, que questiona e que convida os cristãos de todas as épocas e lugares a percorrer o caminho de Cristo com entusiasmo, com entrega, com ânimo, a exemplo de Paulo. Entretanto, o caminho que Paulo percorreu continua sendo um caminho difícil. Hoje, como ontem, descobrir Jesus e viver de forma coerente o compromisso cristão, implica em percorrer um caminho de renúncias a valores que as pessoas dão grande importância. Implica em ser incompreendido e, algumas vezes, maltratado; implica em ser olhado com desconfiança, assim como Paulo era visto. Paulo sempre teve a certeza de que aquele que escolhe Cristo não está só. Ainda que tenha sido abandonado e traído por amigos e conhecidos; o Senhor está ao lado de seu seguidor, dando-lhe força, animando-o e livrando-o de todo o mal. Para seguir o caminho de Jesus, o cristão autêntico deve se submeter a ser, algumas vezes, excluídos de certas camadas sociais ou, até mesmo, religiosas. São realidades que muitos apóstolos, evangelizadores da atualidade, vivem nos dias de hoje. Entretanto, eu diria sem medo de errar que, se questionarmos essas pessoas que estão sempre prontas para dar, até mesmo, suas vidas pelo evangelho, todas darão seu testemunho com estas palavras: “o caminho cristão vivido com radicalidade é um caminho que vale a pena, pois conduz à vida plena.

Evangelho - Mt 16,13-19

O Evangelho segundo Mateus, capítulo 16, versículos de 13 ao 19, convida os discípulos a aderirem a Jesus e o acolherem como o Messias, Filho de Deus. Dessa adesão, nasce a Igreja, a comunidade dos discípulos de Jesus, convocada e organizada ao redor de Pedro. A missão de liderança confiada a Pedro exigiu dele uma explicitação de sua fé. Antes de assumir o papel de guia da comunidade, foi preciso deixar claro seu pensamento a respeito de Jesus, de forma a prevenir futuros desvios. Se Pedro visse Jesus como um messias puramente humano, correria o risco de transformar a comunidade numa espécie de grupo guerrilheiro, disposto a impor o Reino de Deus a ferro e fogo. A violência seria o caminho escolhido para fazer o Reino acontecer. Se considerasse Jesus um dos antigos profetas reencarnados, transformaria a Boa Nova do Reino numa proclamação apocalíptica do fim do mundo, impondo medo e terror. De fato, pensava-se que, no final dos tempos, muitos profetas do passado haveriam de reaparecer. Se a fé de Pedro fosse imprecisa, não sabendo bem a quem havia confiado a sua vida, correria o risco de proclamar uma mensagem insossa, e levar a comunidade a ser como um sal que perdeu seu sabor, ou uma luz colocada no lugar indevido, onde não poderia clarear o ambiente. Só depois que Pedro professou sua fé em Jesus, como o Messias, o Filho do Deus vivo, foi-lhe confiada a tarefa de ser a pedra sobre a qual seria construída a comunidade dos discípulos: a sua Igreja. Entre muitos tropeços, entre momentos de incerteza e, até mesmo de covardia, ao negar conhecer o Mestre, esse apóstolo deu provas de sua adesão a Jesus, selando o seu testemunho com a própria vida, numa demonstração suprema de sua fé.

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