Por Colaborador Em Criatividade para evangelizar Atualizada em 23 JAN 2019 - 16H24

“Desejo ser santo. Um grande santo."

Já li algumas vezes o livro O Santo de Auschwitz e confesso que, a cada leitura, aquelas palavras ecoaram de um jeito diferente da minha vida.

Minhas leituras foram espaçadas... Acho que a primeira vez que peguei este livro nas mãos foi logo que comecei a trabalhar na MI. Dois anos depois voltei a ler. Acabava de ter participado do retiro de jovens da MI e estava com o carisma desta obra e a espiritualidade do nosso grande santo ardendo no coração... Nossa! Como foi bom relembrar aqueles testemunhos de quem conheceu São Maximiliano Kolbe. Confesso que, por vezes, a vida dele estava tão próxima, suas palavras tão reais, que parecia que a qualquer momento o veria na minha frente!

Agora, eis que este livro, tão conhecido por mim, cai de novo em minhas mãos. E olha que não fui eu que o procurei... Ele está aqui, bem na minha frente. Sabe aqueles fatos que parecem acaso. Então, foi assim.

Comecei a folhear e logo as lágrimas encherem meus olhos. O que São Maximiliano disse, há a anos atrás, parece profecia do que vivemos hoje na nossa Milícia da Imaculada. “... a lembrança da minha experiência lhes dará ânimo, os ajudará a perseverar na vida religiosa e os estimulará a sacrifícios que Deus lhes pede por intermédio da Virgem Maria.”.

Depois de ler esta frase, olhei ao meu redor. Vi uma linda equipe trabalhando no marketing. Mais à frente, outra equipe cadastrando nossos novos mílites. Olhei nos rostos e vi alguns sorrisos. Pertinho de mim, uns 7 metros de distância apenas, cartas chegando e sendo respondidas. Caixas com revistas e produtos. É a nossa correspondência. Depois, ao lado, o setor virtual e a administração. É grande, mas olhei rápido. Pensei em São Maximiliano Kolbe e no que ele faria que estivesse aqui.

Tomei o livro nas mãos mais uma vez, queria devorar aquelas palavras. “Caros filhos. Se vocês soubessem como estou feliz! Meu coração está cheio daquela paz e daquela alegria que podem ser experimentadas aqui mesmo na terra. Sim, apesar das ansiedades e preocupações de cada dia, no fundo do meu coração há sempre uma paz e uma alegria indescritíveis!”. Pensei comigo: é esta a verdadeira alegria de quem se consagra a Imaculada.

Não sei bem ao certo porque fui movida a partilhar tudo isso com você hoje. Quando sentei em frente ao computador para escrever este artigo, tinha tantas coisas em mente. Mas aquele livro, sobre a minha mesa, foi quase que uma intimação a saborear, de novo, a vida do nosso fundador que do céu intercede por nós, vê nosso labor e intercedesse principalmente pelas nossas fraquezas e necessidades.

Invencíveis

Para quem não sabe o contexto desta certeza, pode parecer pretensão dizer que somos invencíveis. Só que para São Maximiliano esta invencibilidade não estava nele, mas totalmente na Imaculada. Ele dizia que “aconteça o que acontecer, tudo será para nosso bem. Estamos em uma posição onde nada nos pode fazer mal. Os sofrimentos físicos e morais só ajudam nossa santificação. Em resumo, somos invencíveis!”.

Imagine você que se para evangelizarmos hoje pelos meios de comunicação – tão acessíveis a todos, já é difícil, há mais de 90 anos atrás estas dificuldades eram ainda maiores. São Maximiliano Kolbe vem de uma época em que veículos como jornais, revistas e cinema eram muito questionados. Alguns religiosos os viam como instrumentos até diabólicos, tamanho poder de persuasão que tinham. Mas para nosso santo, eles eram os mais eficientes no anúncio de Jesus Cristo.

Do ponto de vista tecnológico, seu complexo de evangelização, a Niepokalanów, estava em um nível elevado. Ali poderosas máquinas de impressão eram fabricadas. Chegaram a conquistar o primeiro prêmio na Feira de Poznan. São Maximiliano apostava no conhecimento: “Quanto mais se sabe, melhor se pode servir a Deus”. Lembro que enquanto cursava faculdade, eu rezava a Coroa de Oração a São Maximiliano todos os dias pelos meus estudos. Ele foi eleito protetor das famílias, mas acredito que também seja dos estudantes, tamanha paixão tinha pelo saber. Visionário nato, dizia “meu olhar está continuamente atraído por novos horizontes”, e com estas palavras demonstrava o quanto ainda estava por vir quando o assunto é avanço da evangelização.

Os olhos de São Maximiliano continuam percorrendo nossa obra. Eles vêem o empenho dos consagrados e perscrutam o amor que nos faz estar aqui. Seus olhos estão no mundo, observando a tecnologia moderna e encontrando nela meios perfeitos para veiculação do amor. Chego a sentir que estes olhos podem ver você, lendo estas palavras, e traduzir o que se passa no seu coração. O olhar dele é convite. Parece dizer: vale a pena, eu sou prova disso. Quem se consagrar a Imaculada, não se perderá, mas quanto mais pertencer a Ela, tanto mais pertencerá a Jesus e ao Pai.

Foi assim que escrevi esta matéria para você: junto com São Maximiliano. Assino aqui, mas na verdade quem assinou primeiro foi ele. Obrigada, querido amigo.

Nathalia Silva Pinto

Projeto Família Consagrada

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