Meu eu interior

Por vezes, São Maximiliano Kolbe fala sobre este espaço sagrado, que é o nosso interior. Mas ele não fala simplesmente sobre a existência deste lugar... Na verdade, a reflexão de nosso amigo Kolbe é uma provocação sobre a Milícia da Imaculada “eu”.

Segundo ele, o mais importante na nossa obra é exatamente o MI “eu”. Recordemo-nos de suas próprias palavras: “De nossa parte, deveríamos aprofundar a consagração sem reservas, pois no campo do nosso eu não temos obstáculos. Quanto mais alguém se entrega nas mãos da Imaculada, tanto mais servirá como instrumentos nas mãos dela. E então no terreno da Cidade da Imaculada Ela governará através de nós. Tudo depende disso”.

No ano de 1937, no qual ele pronunciou a frase acima, as coisas não estavam fáceis. Em seus escritos encontramos a descrição das mais variadas dificuldades enfrentadas pelos mílites da Cidade da Imaculada. A situação econômica se agravava no mundo, os rumores da guerra e todas as consequências que estas tristes situações podem causar também impactavam sobre a MI. A dor e a tribulação levaram nosso fundador a desbravar o campo do “eu” com coragem, desprendimento e muito amor. Aprofundando a sua consagração a Imaculada, este campo interior tornou-se o solo fértil para fazer crescer e germinar a espiritualidade da Milícia da Imaculada.

Mas agora o que cabe a nós que, além do testemunho de nosso fundador, também temos a realidade desta Obra em nossas vidas? Como podemos fazer crescer em nós a total consagração a Imaculada?

São Maximiliano ajuda: “Procuremos que cada qual permita que a Imaculada conduza tudo. Aqui todas as fronteiras têm que ser rompidas. E não apenas de tempos em tempos, mas que seja nosso hábito nos recordarmos porque somos mílites. Sobretudo, recorrer a Ela continuamente. Quando temos alguma dificuldade, entreguemo-nos a Ela como sua propriedade. Ela consegue corrigir e compor tudo!”.

Em tempo de guerra ou de paz, a consagração a Imaculada é o caminho seguro para conquistarmos todos os corações a Cristo. É Ele nosso objetivo primeiro, a nossa meta. Estar neste Coração Sagrado e para ele atrair o maior número possível de pessoas: esta é a nossa razão de existir. Nisto consiste a missão da Milícia da Imaculada. Colaborar com esta Obra, fazer a doação mensal, conquistar novos mílites... São todas ações missionárias que tornam a nossa consagração algo concreto e frutuoso. Afinal, “onde se encontra alguém perfeitamente consagrado a Imaculada não é possível que tal consagração não se irradie também para as pessoas que estão ao seu redor”.