Por Núria Coelho Em Colunista Atualizada em 13 OUT 2020 - 15H36

Quarentena: Como enfrentar o distanciamento social?

Medida é necessária para evitar contaminação em massa pelo Coronavírus

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Manter rotina para acordar, malhar e trabalhar é crucial


Robert L Berg, autor do livro The Second Fifty Years, define isolamento social como “a ausência de interações sociais, contatos e relações com família, amigos, vizinhos ou mesmo no nível individual quando se considera a sociedade em um nível mais amplo”. Muito além do “hoje eu quero ficar um pouco quieto”, o estresse causado pelo fenômeno pode trazer problemas sérios à saúde, tanto mentais quanto emocionais e até mesmo físicos. Por isso, especialistas buscam esclarecer a importância do contato, mesmo que à distância, durante a pandemia do coronavírus.

Quando falamos em “Isolamento Social”, nos referimos exclusivamente à uma abstenção social, no entanto psicologicamente, o nosso aparelho mental, entende de que está havendo uma conotação negativa e punitiva.

“Além dessa questão, relativa à punição, há também pessoas que padecem mais por entender que as suas manifestações psicológicas são como a claustrofobia, a fobia social, a síndrome do pânico, entre outras, explica o psicólogo e escritor, Alexandre Bez.

“Isolamento Social” gera uma conotação negativa de personalidade. Na esfera neurótica, mesmo sendo altamente tratável e curável, há manifestações fóbicas sociais, tímidos e pessoas com a personalidade introvertida.

Na opinião do especialista, a diferença entre as terminologias “Isolamento Social e Distanciamento Social” são significativas.

“No Distanciamento Social, a postura é basicamente a prevenção e proteção. Não há impressão punitiva de que a pessoa está passando pela situação porque merece. A conduta comportamental é de positividade, havendo concordância mútua em atingir coletivamente os objetivos”.

Já no Isolamento Social não existe “escudo de proteção” como na conduta em se abster socialmente, através do distanciamento, que opera fundamentalmente através da disseminação de carinho, opostamente aquele que se isola propositalmente da sociedade. Com o isolamento a prerrogativa é específica em manter o contato socialmente vem através das condições virtuais, como chats, aplicativos, entre outras ferramentas.

O psicólogo e escritor, Alexandre Bez, em entrevista exclusiva ao Portal da Milícia da Imaculada, respondeu algumas questões:

1- O que é e quando deve ocorrer o Distanciamento Social?

Distanciamento Social, tem como a finalidade principal nos proteger, como também proteger aquelas pessoas as quais convivemos. O Distanciamento Social, não deve ser visto como um castigo, mas sim como uma medida benéfica para se chegar a um denominador comum — que é fazer com que todos nós permanecemos seguros. O distanciamento deve ser obedecido pois foi indicado pelo Ministério da Saúde como medida preventiva. Além da higienização das mãos e do uso de máscaras.Leia Mais5 orações para rezar todo dia Quarentena: é preciso cuidar da saúde mental e emocionalQuarentena animal: mudança de rotina e cuidados com os gatos10 dicas para lidar com as crianças em casa

2- O que fazer enquanto as aulas estão suspensas?

A criatividade é uma grande e fiel aliada em tempos de coronavírus, associada, é claro, ao diálogo, rotina e disciplina. Os pais e responsáveis devem procurar oferecer um cardápio de atividades bem diversificado e organizado para que as crianças se ocupem de forma atrativa e funcional. Manter a calma, auxilia a não contaminar um ambiente, que já está saturado pela situação em geral.

3- Como explicar o distanciamento social para as crianças?

Estamos vivendo um período onde as crianças estão absorvendo na íntegra todas as ações e atitudes dos pais. Para que não possa se enraizar agressividade e outros modelos comportamentais, no caráter das jovens e crianças toda cautela é importante. As crianças devem receber as informações de maneira didática, informativa e positiva.

4- Como se manter ativo durante o distanciamento social?

Tentar se integrar mentalmente, através de todas as vias eletrônicas, que temos, como também se movimentar no espaço geométrico, se possível sem sair para rua. Designar uma rotina para acordar, malhar, trabalhar e realizar atividades domésticas e essenciais é crucial. Devemos ajustar nossas necessidades ao momento em que estamos vivendo.

5- Como preencher o tempo em casa (falo para as pessoas que estão afastadas do trabalho, mas que não estão em home office)?

Para quem não pode fazer home office a situação é ainda mais complicada, pois não há mais vínculo com a rotina. A melhor dica é estabelecer uma planilha/anotações para elaborar as coisas que gosta em fazer e nunca teve tempo ou disponibilidade. Sempre tendo o entendimento, de que há um propósito em estar enquadrado nesse distanciamento social. Pequenos cursos, videoaulas, leitura e muitas outras atividades são indicadas para manter a motivação juntamente com a distração temporária, pois o marasmo pode desenvolver a depressão, nesse caso, uma depressão exógena – de fora para dentro.

Oração, reflexão e meditação auxiliam também, no sentido exclusivo em providenciar um entendimento na própria vida.

6- Quais lições podemos aprender com o distanciamento social?

Muitas! Mas essencialmente, ter mais diálogo e humanidade. Para contrair o vírus não há diferenciação entre as pessoas. Estamos vivendo uma época em que evocaremos mais amor ao próximo. Estamos juntos, todos devemos exercer nosso papel na sociedade para que haja um amanhã melhor.

Fonte: Assessoria Márcia Stival

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