Ao iniciar uma palestra para casais, um pequeno, com idade entre três ou quatro anos, veio até lá na frente e, com os olhinhos atentos em mim, foi direto ao assunto: “Tio Jorge, cachorro vai pro Céu?”.
Confesso que fui pego de surpresa. Todos os presentes me olhavam e, com um sorriso no rosto, esperavam a minha resposta. Respirei fundo, perguntei seu nome, ele respondeu: “Diguinho” (Rodrigo). Para tentar arrancar da criança o motivo da pergunta, quis saber se ele tinha um cachorrinho. Sua resposta foi comovente. Com o rostinho bem triste ele me disse que o Picaxu foi atropelado e morreu.
Como se não bastasse isso, alguém lhe disse que cachorro não pode entrar no Céu. Nessa hora só me restava pedir ajuda ao Espírito Santo. Foi o que fiz, e comecei a falar: “Gente, nós estamos diante de um caso real. O Diguinho está traumatizado, e nós temos que encontrar uma resposta que não venha contradizer as orientações de nossa fé e de nossa Igreja.
O que eu vou falar não está escrito na Bíblia nem no nosso Catecismo, mas está aqui, no meu coração. Vou dizer a ele, o que eu tenho certeza de que São Francisco diria, pois, conforme suas palavras, toda criatura é obra de Deus” – e continuei – “Diguinho, antes de Jesus nascer, não existia um céu para os cachorrinhos, gatinhos, coelhinhos, cabritinhos e todos outros animaizinhos. Mas, quando Jesus era pequenininho, como você, ele encontrou um cachorrinho, bonitinho, como o Picaxu, abandonado e com muita fome.
Jesus pegou um pedaço de seu pão e deu para o cãozinho. Deu também água, acariciou seu pelo e o adotou. O cachorrinho passou a morar na casa de Jesus, e até servia de guarda na carpintaria de São José. Muito tempo depois, o cãozinho de Jesus já estava velhinho, não enxergava direito e, ao atravessar a rua, foi atropelado e morreu”. “Quando Jesus voltou para o Céu, junto de Deus Pai, Ele sentiu saudade de seu cachorrinho e mandou fazer, bem ao lado do Céu das pessoas, um céu especial para os animaizinhos, todo gramado e florido e mandou buscar todos os bichinhos que morreram antes dele nascer. E, todos foram morar nesse céu.
Agora, o Picaxu está feliz da vida correndo e brincando com um monte de outros amiguinhos, gatinhos, oncinhas, cabritinhos, leõezinhos, porque lá todos são irmãozinhos”. Sorrindo e com os olhinhos brilhando de alegria, o pequeno fez uma pergunta que nenhuma mãe quer ouvir. “Quando eu morrer, vou encontrar o Picaxu?” Sua mãe ficou de boca aberta, sem saber o que responder, eu, então, respondi que sim, e que eu também vou brincar com a Mel, minha cadelinha, que também já morreu, afinal o céu deles fica bem ao lado do nosso Céu. É bem fácil ir lá para brincar com os bichinhos. Espero que você, leitor, mamãe, papai, catequista, não se escandalize com este relato.
Ao falarmos de Deus, de Céu, de Anjos, até mesmo de Papai Noel, e de tantas outras coisas que agradam nossas crianças, temos que cuidar para não deixá-las frustradas mostrando, bruscamente, uma realidade diferente daquela que as fizemos acreditar. Precisamos usar uma linguagem inculturada para que a criança possa entender. Existem momentos em que uma ‘santa mentirinha’ se faz necessária. Na idade certa, na hora do uso da razão, quando o Diguinho, nossos filhos, nossos catequizandos, tiverem condição de entender, compreenderão.
Fonte: O Mílite
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