Por Ana Carolina Sofiati Em Comportamento

Amigo que é amigo

Compartilhar a vida com o outro é nosso processo de crescimento, de troca, de construção do nosso eu, mas até mesmo o melhor dos amigos poderá um dia nos decepcionar e a culpa não é dele, pois tudo depende da expectativa que colocamos nas pessoas




Tenho certeza você já ouviu uma dessas afirmações sobre o “amigo que é amigo” ou posso garantir que você tenha a sua própria definição do que um bom amigo precisa dizer, ser ou fazer para ser o melhor, para bastar para você. Ser amigo e ter amigo é uma das melhores experiências que teremos em nossa vida. Quem aqui já se viu rodeado de amigos e mesmo assim se questionou se poderia confiar em alguém? (Uma mãozinha levantada).

E quem já passou por um momento muito, muito difícil e se viu sozinho sem poder contar nem mesmo com aquele amigo que cresceu do seu lado e sempre lhe disse que nunca deixaria você sozinho? Quando passamos por um momento difícil, é claro que queremos que um amigo esteja ao nosso lado, para ele poder carregar um pouco nosso fardo, mas às vezes não dá. Ninguém neste mundo quer se ver sozinho, mas às vezes é a solidão que pode nos fazer crescer.



Por isso nem sempre falar de amizade é falar sobre o outro, na maioria das vezes falamos sobre nós: sobre as pessoas que eu escolho para compartilhar minhas alegrias, minhas tristezas, meus sonhos e pesadelos, expectativas, decepções. Quando a gente começa a sair com o pessoal e usar estilos de roupa parecidos e fazer coisas semelhantes, há mães que em tom fatídico questionam: “ Se seu amigo pular de um prédio você pula também!?”.

Quando eu digo que falar sobre amizade diz mais sobre eu do que sobre o outro, é neste ponto que quero chegar: quem eu sou e as decisões que eu tomo dependem de mim ou dos amigos que fazem parte do meu convívio? Eu sempre tive amigos da Igreja, da rua de casa, da faculdade e do trabalho, e não lembro de ser uma pessoa diferente em cada grupo, mas lembro, sim, que cada grupo tinha uma relevância diferente em minha vida.

Às vezes a gente quer tanto fazer parte de um grupinho que esquece que não é o grupo que deve nos escolher, mas a gente escolher o pessoal com quem vai conviver. Não basta querer ser amigo do outro porque ele é legal, chique, descolado, mas porque eu e o outro podemos estabelecer uma relação.

Escrito por
Ana Carolina Sofiati
Ana Carolina Sofiati

Ana Carolina Solfiati é formada em Serviço Social. Especializada em gestão de projetos sociais e produtora de conteúdo para redes sociais. Com desejo de fazer o bem a mais pessoas, atua diretamente no projeto "Essa tal terapia" que leva esclarecimentos básicos sobre psicologia e autoconhecimento.

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