Por Frei Patrício Sciadini, carmelita descalço
Como é maravilhoso que um homem e uma mulher, movidos pelo amor que vem de Deus, decidam viver juntos para sempre! São como óleo perfumado que se espalha pela casa toda e, quando é possível, gera filhos e filhas que são a verdadeira alegria dos que se amam. Viver juntos é festa, mas nenhuma festa é livre de tempestade e turbulência que nascem da nossa fragilidade humana e que devem ser superadas no dia a dia pela força do amor. Não é difícil encontrar pessoas que dizem com certa angústia: “Eu perdoo, mas não consigo esquecer!”. Esta afirmação é verdadeira e é bom não esquecer. Triste é a pessoa que esquece porque significa que sua memória está fragilizada.
E mesmo Deus não pode esquecer os nossos pecados, mas Ele nos ensina, como dizem o salmista e os profetas, que não devemos levar em consideração os erros dos nossos irmãos e irmãs. A família é o sacrário mais belo onde se vive o amor em todas as dimensões: humano, divino, fraterno, conjugal; onde se tem a experiência da beleza do amor que, atravessando suas noites e vales escuros, vai se radicalizando e amadurece frutos abundantes de transparência e de reciprocidade. Não são grandes coisas que devem ser perdoadas, muitas vezes são o esfriamento da delicadeza, a insensibilidade e a falta de cuidado, para que a chama do amor recíproco seja alimentada não com lenha dos sentimentos, mas sim com o verdadeiro amor oblativo.
O perdão não é sentimento, mas sim um ato de fé e de amor, alimentado pela esperança de que o outro, sentindo-se amado e compreendido, não volte mais a errar. Assim age o nosso Deus conosco. É maravilhoso ver nos evangelhos que o perdão de Deus é sempre carregado de gestos concretos que consagram o verdadeiro amor. Como não lembrar neste momento da parábola dos dois irmãos (cf. Lc 15)? O pai espera que o filho volte e quando o vê aproximando-se, corre ao seu encontro, o abraça e o cobre de beijos. Veste-o com túnica nova, recoloca sandálias aos pés e lhe devolve o anel do poder, da confiança e da vida. Assim, na família pode acontecer que alguém, às vezes, movido pela ânsia e pelo desejo de uma liberdade mal-entendida e por um gesto de rebeldia, vá embora da casa, vá vagando por aí... mas ele deseja voltar e sempre voltará quando souber que alguém, todos os dias, sobe ao terraço para ver se está chegando. O perdão-amor nunca perde a esperança de que o outro volte e fique para sempre. E quando o vê, corre ao seu encontro, o abraça, beija e faz festa.
A família é coração aberto onde se sente saudade dos que se vão e se espera que eles voltem para reatar os laços rompidos pelo desamor. Nenhum coração na família pode excluir ninguém, mas cabe sempre quem volta; e nenhum lugar pode estar vazio, sempre precisa preparar na mesa o prato, o lugar de quem falta, porque pode ser que, quando menos esperamos, ele esteja voltando para pedir perdão e fazer a festa do encontro.
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