Tempo perdido? O que faz com que cada um sinta uma dimensão do tempo diferente uns dos outros? Observe a criança enquanto ela brinca. Brincar é tão essencial na sua vida que ela não percebe o tempo passar. Os adolescentes sentem a demora do tempo até chegar aos seus 18 anos. Para os adultos que viram as crianças crescerem, entrar na escola, entrar na faculdade e se formar, o tempo não passou, voou. E esse tempo vivido é sempre marcado por escolhas.
Escolhemos hoje as sementes dos frutos que iremos colher mais à frente. Na adolescência e juventude, etapas nas quais fazemos muitas escolhas significativas, é tempo de muita cautela. Uma escolha pelo impulso do desejo, sem passar pela razão, pode trazer consequências físicas e psíquicas, com muitos problemas. Quando a maturidade ainda está em formação, muitas vezes é difícil aceitar a realidade. A interrupção dos estudos, a introdução de drogas, a iniciação à vida sexual, são escolhas muito complexas. Estas escolhas no presente, podem trazer uma frustração para a vida adulta. Algumas pessoas, podem crescer inseguras, insatisfeitas, fragilizadas, culpadas, tristes e, o pior de tudo ainda, culpando os outros por sua vida não ter dado certo.
O tempo presente nos coloca diante da difícil tarefa de assumir a vida com muita consciência dos nossos atos. É preciso aprender a conversar com os nossos impulsos e analisar a direção que nos levam. Nem sempre conseguimos isso sozinhos.
A história nos conta que na antiguidade muito se valorizava a figura do sábio. Por ter tido muita experiência, ter provado o doce e o amargo da vida ao longo dos anos, lhe permitia ser conselheiro de quem o procurasse. Pensei nos jovens de hoje. Será que precisam de sábios conselhos? Será que sua intuição e inteligência bastam? Será que conseguem fazer uma verdadeira análise sobre si mesmos? Será que dão valor à sua existência e a sua vida? Por que será que vemos tantas vidas jovens sendo interrompidas? Vemos tantas famílias desestruturadas. Será que as escolhas que fizeram foram para construir a vida ou foram para construir a morte? Vejo tantos jovens boicotando a si mesmos, seus planos seus objetivos, fantasiando e se iludindo com um futuro que nunca conseguiram alcançar. Almejam o mundo dos desejos, sem esforços, sem luta e sem sofrimento.
Sabemos o quanto é difícil tentar alguma coisa, dar um duro danado para conseguir e não dar certo. Na primeira tentativa, na segunda. Abrir mão de uma paixão, de um desejo. Calma! Isso não é o fim da estrada. O que leva uma pessoa a dar valor à sua conquista é o esforço e a luta a qual ela teve que enfrentar para alcançá-la. Algo conquistado com empenho, dedicação com luta esforço tem muito valor. É raro. A vida é rara, é só sua para se arriscar e fazer dar certo. As etapas são importantes para nos fortalecer, e não para nos intimidar e amedrontar. A confiança de que está a caminho do certo e do melhor é a melhor direção a seguir. Pense nisso!
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