A fome no Brasil é vergonhosa e criminosa. Em 1993 eu estava na Diocese de Jataí - GO e nos engajamos no Natal Sem Fome do Betinho e somente em uma paróquia recolhemos mais de 15 toneladas de alimentos. Foi, inclusive, o quartel do exército da cidade que transportou os alimentos para o programa. A solidariedade alivia o problema vergonhoso da fome. O Brasil é rico em biodiversidade e produção de alimentos, mas está tudo sendo pensado para fora. A fome está crescendo também por políticas econômicas que privilegiam o capital ao invés das pessoas. As previsões de safras e a produção de proteína animal devem ser as maiores da história, por outro lado, há indicadores que apontam para o aumento da fome. Não podemos, como seres humanos e como cristãos, fugir dessa temática.
O pobre tem fome todos os dias. São milhões de brasileiros que vão dormir com fome. Tem crianças que a gente não sabe se dormem ou se desmaiam de fome. Há também idosos que se privam de alimentação para oferecer o mínimo aos netos. As campanhas são importantes, mas precisamos de atitudes que mudem o status quo. Não podemos admitir que o Brasil viva somente de campanhas, auxílios e bolsas. É necessário mexer na política econômica. O programa neoliberal é pecaminosos e seus autores vão pagar muito caro no juízo final (Mt 25, 31-46). Muitos são os que socorrem bancos e sistemas financeiros e deixam pessoas com fome.
A Doutrina Social da Igreja só tem legitimidade porque se fundamenta na Palavra de Deus. No Antigo Testamento, por exemplo, temos o encontro de Moisés com Deus que explica: “Ouvi o clamor do meu povo que está escravo no Egito” (Ex 3,7). A Doutrina da Igreja não é de direita ou esquerda, não é uma ideologia, mas se baseia na Bíblia, desde o século I até nossos dias.
Lembro-me bem que foi Dom Luciano Mendes de Almeida quem lançou esse desafio na Assembleia dos Bispos e foi aprovado por unanimidade. A Multiplicação dos pães (Mc 6,34-44) é a motivação do documento. Jesus disse para os discípulos darem de comer à multidão. Nós, hoje, somos os discípulos que precisamos nos preocupar com a questão da fome. Colaborei com Dom Mauro Moreli na implementação dessa posição da CNBB e surgiram diversas iniciativas, inclusive o programa Fome Zero. Hoje o nosso empenho deve ser ainda maior para superar a miséria e a fome. É uma questão urgente. Não são exigências de direita ou esquerda, mas exigências que brotam do Evangelho.
Fonte: O Mílite
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