Por Espiritualidade Em Espiritualidade Atualizada em 09 AGO 2018 - 09H55

Como a ciência está desvendando o que a religião conhece por meio do perdão

Pesquisadores estão aprendendo que perdoar melhora a nossa saúde



Pesquisadores estão aprendendo que perdoar melhora a nossa saúde

Os benefícios do perdão, agora validados pela ciência, incluem a redução de dor crônica, doenças cardiovasculares, comportamento violento, depressão e ansiedade. Aqueles que não perdoam sofrem níveis elevados de pressão arterial e, por vezes, problemas cardíacos, bem como outros problemas de saúde.

O perdão é um processo (ou o resultado dele) que abrange mudança em emoções e atitudes em relação a um agressor.

Isso leva a não mais querer atacar ou distanciar-nos do ofensor, apesar de suas ações, e obriga a deixar de lado as emoções negativas.


O perdão não deve ser confundido com a desculpa, a tolerância, a absolvição ou o esquecimento:


• Desculpar é decidir não responsabilizar alguém ou um grupo por sua ação;

• Tolerar significa que não vemos a ação como negativa ou inapropriada, e que não consideramos necessário perdoar o autor da ação;

• Absolver é declarar que a pessoa não tem culpa pelos crimes cometidos, algo que só pode ser realizado por um representante judicial;

• Esquecer é eliminar a ofensa de nossos pensamentos.


Perdoar traz grandes benefícios para as vítimas de uma ofensa:


• Uma melhora na saúde física e mental;

• Uma restauração do senso de empoderamento pessoal;

• Uma clara e saudável possibilidade de reconciliação entre o agressor e a vítima;

• Uma mudança positiva na estrutura afetiva.


Quatro pontos básicos para melhorar a vontade de perdoar e aprender a curar as feridas do passado:


• O perdão é para aquele que o dá, não para aquele que o recebe;

• Perdoe, porque em outras circunstâncias o autor pode usar isso a nosso favor;

• O perdão leva tempo. O perdão não faz a dor desaparecer imediatamente;

• O perdão não é um presente para o culpado, mas algo que fazemos dentro do nosso próprio coração. Não significa necessariamente reconciliação. O perdão é uma decisão, independentemente da pessoa que está sendo perdoada; isso significa que estamos deixando a dor ir.


Ser capaz de perdoar é um presente para nós mesmos. Não só beneficia a pessoa perdoada, mas também quem perdoa.

Quando não perdoamos, nós (a vítima) permanecemos acorrentados à pessoa que nos machucou, e enquanto não aceitarmos esse perdão, não poderemos sair do poder que o agressor ainda tem sobre nós.

Quando não somos capazes de perdoar, causamos um fluxo de emoções negativas que nos impedem de empreender planos mais positivos e construtivos.

O perdão é decisão para deixar a dor ir. Não significa deixar a pessoa continuar nos machucando. Para que a reconciliação aconteça, o agressor precisaria pedir perdão e prometer firmemente nunca mais machucar a vítima. O perdão, ao contrário, não exige o arrependimento da pessoa culpada.

Podemos perdoar os mortos, mas não podemos nos reconciliar com eles. Podemos perdoar alguém que nos machucou, mas não precisamos deixá-los em nossa vida para fazer isso novamente. Naturalmente, perdoar nossos agressores enquanto eles ainda estão vivos é um sinal de grande maturidade humana e é sempre um presente que damos aos outros e a nós mesmos. Não se pode esquecer que todos têm direito à segunda chance.


Com informações da Aleteia.

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