Maria nos ensina não somente que devemos esperar o nascimento de Jesus, o Natal, mas nos prepara para entendermos o significado do nascimento de Jesus e nos leva à origem de tudo.
Formação

Qual a relação entre Maria e a Trindade?

O Pai ama o mundo e todos seus filhos, tudo o que existe é resultado do amor de Deus. Para Ele não existem números, existe qualidade, cada um é o universo para Deus.

Frei Sebastião (Arquivo MI)

Escrito por Frei Sebastião Benito Quaglio

03 AGO 2018 - 13H11 (Atualizada em 18 JAN 2021 - 15H45)

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Por Frei Sebastião Benito Quaglio, Franciscano Menor Conventual

O Pai ama o mundo e todos seus filhos, tudo o que existe é resultado do amor de Deus. Para Ele não existem números, existe qualidade, cada um é o universo para Deus. O Pai nos ama e por causa desse amor Ele envia o seu Filho, que é uma manifestação visível de Deus, o Verbo Eterno. No Filho está todo o Pai com Seu amor realizado e que vem até nós, Jesus Cristo. Tudo isso nós vemos por meio de uma intervenção maravilhosa do Divino Espírito Santo que se realiza numa criatura especial, a Virgem, Nossa Senhora, Maria, o Berço de Altíssimo. 

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Maria sendo coroada pela Santíssima Trindade

Por meio dela, o Deus eterno entrou na história da humanidade, revestido do nosso corpo. Maria nos ensina não somente que devemos esperar o nascimento de Jesus, o Natal, mas nos prepara para entendermos o significado do nascimento de Jesus e nos leva à origem de tudo. Quando vemos aquela criança na manjedoura, os pais, animais, anjos, e as outras pessoas, nos perguntamos: “Quem Ele é? Por que veio? O que está ao redor disso tudo?”. Podemos sentir um Deus que age e atua em nós e para nós.

Tentando entrar no mundo de Nossa Senhora é difícil perceber ou imaginar o sentimento dela diante disso tudo. Todo o tempo de gestação foi para Maria uma meditação profunda. Ela não entendia tudo, nem tinha uma iluminação especial para entender, mas deu a Deus sua fé, o seu “sim”: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segunda a Tua palavra” (Lc 1,38). Nesse mistério, nessa abertura ela cresceu e foi tecendo a vida física do próprio Filho de Deus. Deve ter sido um tempo de espera incrível, de meditação, de reflexão, uma preparação não somente física, mas íntima, muito profunda. Ela nos ensina que o Natal tem que ser introjetado de uma forma muito intensa, purificando e talvez afastando tudo aquilo que poderia fazer sombra sobre esse mistério, uma verdadeira preparação interna para a chegada do Menino-Deus. A Grandeza Infinita quis se encontrar com o homem por meio da sua máxima fragilidade, para que o homem pudesse entender que Deus não quer dominá-lo, mas o quer conquistar por meio da força da fragilidade, para que ele se sentisse atraído, não dominado, nem forçado.

Quando nos sentimos capazes de proteger e vemos que alguém precisa de nós e sentimos que podemos fazer algo, nos sentimos bem. Deus se utiliza desse caminho. O Natal será sempre esta manifestação incrível do amor de Deus. Nossa Senhora viveu plenamente tudo isso na própria vida. E no Advento, queremos lembrar que Maria Santíssima gerou Jesus. Nesse processo continua gerando todos nós, seus filhos.

Pela geração divina, pela Imaculada, somos irmãos porque Ela é a Mãe do Salvador e nossa Mãe. Peçamos a Ela que mantenha viva a nossa esperança que não termina nunca enquanto estamos vivos.

Escrito por
Frei Sebastião (Arquivo MI)
Frei Sebastião Benito Quaglio

Frei Sebastião Benito Quaglio nasceu em 20 de julho de 1938, em Lendinara, no norte da Itália. Recebeu o nome de batismo Benito Quaglio e, quando emitiu os votos religiosos na Basílica de Santo Antônio (Padova), em 1958, recebeu o nome do mártir São Sebastião. O desejo de evangelizar com Nossa Senhora através dos meios de comunicação sempre permeou sua vida e foi na obra de São Maximiliano Kolbe que ele encontrou um ideal a ser seguido: conquistar o mundo inteiro a Cristo pela Imaculada!

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Por Paulo Teixeira, em Formação

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