Por Marta Romero Em A Santa Missa Atualizada em 12 AGO 2019 - 11H51

A justiça de Deus é a sua misericórdia!

Esse evangelho é muito duro, sentimos a força das palavras de Jesus. Elas nos deixam incomodados. Oferecer a outra face, quando nos batem, dar tudo e não esperar nada em troca.



Transcrição por Marta Guimarães

Edição Técnica por Gil Brasil

Meditando esse evangelho, precisamos lembrar antes que estamos falando sobre as bem-aventuranças que Jesus pregava, que seria um mundo lindo e ideal para ser vivido. O problema é que para sermos bem aventurados é preciso agir na prática. Então as coisas começam a não ficar tão fáceis e tão poéticas.

Achamos que Jesus foi duro demais. Mas, o fato de não conseguirmos fazer o que está sendo proposto, não quer dizer que não seja verdadeiro. Nós reduzimos um desafio de amor às nossas medidas.

O cristianismo nos mostra uma medida de amor imensa que extrapola e ultrapassa aquilo que a nossa razão consegue conceber. Temos que fazer uma reflexão com os pés no chão. Toda a sociedade ou grupos humanos precisa de regras de convivência e de lei. Entretanto uma lei deve ser sempre analisada do ponto de vista da vida, se ela gera vida ou morte.

Jesus está enfrentando a lei de Talião, que as pessoas tinham direito de agir de maneira a pagar o mal com mal e pregava a vingança. Jesus dizia que não vinha abolir a lei, mas pregava o seu cumprimento, porém as suas palavras davam uma dinâmica diferente à lei ao enchê-la de uma perspectiva de vida.

Poderia ser até natural agir assim na base da vingança. Mas, não resolveria os problemas. A justiça com violência estaria na contra mão do amor. Quando julgamento é feito com base no amor aí muda tudo.

São Maximiliano com o seu projeto de vida, “Só o amor constrói” nos mostrou com viver realmente o amor de Deus. Foi um exemplo para nós de viver uma grande dimensão de amor em meio a tanto ódio no Campo de Concentração. Contra todo o tipo de lógica humana, a lógica de Deus é a única capaz de dar respostas as contradições da nossa vida.

O coração de Deus enxerga coisas que nós não enxergamos, Ele acolhe situações que nós jamais seríamos capazes de acolher. O desafio está em nos fazer um pouquinho mais semelhantes a esse modo de amar.

O evangelho a partir da nossa real conversão se torna o verdadeiro critério tanto do nosso pensar com do nosso agir. Que o Senhor nos ajuda a ter a Sua capacidade de amar.

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Por Marta Romero, em A Santa Missa

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