Por Frei Sebastião Benito Quaglio Em A Santa Missa

A mãe que cuida da Igreja

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O Frei Sebastião Benito Qualio (OFM Conv.) presidiu a Santa Missa, no Santuário da Milícia da Imaculada, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (Rm 8,28-30) e o Evangelho de hoje (Mt 1,18-23).

Hoje a Igreja celebra a natividade de Nossa Senhora e em sua homília, Frei Sebastião nos questiona: qual o dia mais importante para nós? O dia do nosso aniversário! “Hoje celebramos o nascimento de Nossa Senhora, a mãe de Deus e nossa. Acredito que o Universo inteiro está batendo palmas hoje para ela. Ela está viva de tal forma que ela cuida dos seus todos os seus filhos e de cada um de maneira particular”.

Tudo começou quando o Anjo Gabriel visitou Nossa Senhora, saudando-a: “Ave cheia de graça” e apresentou a ela o projeto de Deus. Maria disse: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua Palavra”. Depois a encontramos com Isabel. Ela imediatamente reconheceu Maria como a Mãe do Senhor, o Salvador. “De onde vem que a Mãe do meu Senhor me visite?” Maria Santíssima não recuou, reconheceu. “A minha alma engrandece o Senhor; o Todo Poderoso fez em mim maravilhas.”

Encontramos Nossa Senhora em Belém onde se realizou aquilo que está escrito: “Deus amou o mundo a ponto de enviar o Seu Filho”. O Filho de Deus se fez criança, nos braços de uma mãe. Esse quadro é inesquecível, uma mulher carregando nos braços uma criança que é o próprio Deus, o Criador! Um bebê frágil, que precisa de carinho e amparo; totalmente dependente de sua mãe e de seu pai.

Depois encontramos esta mãe no templo ofertando o seu filho. Alguém já lhe aponta o caminho de dor que ela terá que percorrer por causa desta criança, disse Simeão, uma espada transpassará o seu coração. Essa mãe tinha que se preparar para esse caminho doloroso. No entanto ela cultivou a vida inteira isso, porque nada era claro, mas sabia que esse era o caminho.

E ainda com Jesus aos 12 anos, ela passou por uma experiência que nem podemos imaginar. Jesus ficou em Jerusalém, devido à circunstância, ninguém sabia onde Ele estava. Foram três dias de uma procura e de uma dor incrível. Uma mãe que perde o filho, é terrível. Quando o encontra se manifesta como mamãe: “Por que você fez isso, eu e teu pai estamos aflitos a sua procura”. Ele respondeu: “Não sabíeis que eu tenho que fazer a vontade de meu Pai?” Em silêncio levaram-no para casa.

Lá viveu até trinta anos. Uma história do silêncio, mas a história mais intensa de amor e de significado. Um Deus, que se faz criança e vive a nossa vida; tendo a sua mãe como a sua riqueza.

Quando Jesus, aos trinta anos abriu Seu caminho, vem ela com seu poder de mãe: “Filho, eles não tem mais vinho!” Jesus não estava contemplando isso e disse bem claro à Sua mãe: “O que nós temos a ver com isso? Ainda não chegou a minha hora”. Mas, Jesus mudou muito, assim humanamente podemos falar, que nós também temos muito a ver com tudo isso. A mãe vê mais longe que o filho. Interessante, porque é um caminho humano, o nosso caminho. Quis sentir a importância de ter uma mãe na própria vida. E venceu! Não pediu duas vezes, sabia que o filho atenderia. “Façam o que Ele mandar.”

Sabemos que a vida de Jesus passou rápido, mas foram suficientes esses três anos para deixar a sua estrutura, para que nós pudéssemos aprender a caminhar. Por que Ele é o Caminho, a Verdade e a vida. Ele é o nosso modelo, o sentido da nossa própria existência.

Olhamos rápido para a Cruz, às vezes nem percebemos a dureza desse sacrifício. Seus pés estão pregados com dois pregos. Ele está, portanto, pendurado com apoio de dois pregos, tinha que respirar assim.

A mãe permaneceu, olhando aquele corpo de pé. Este filho quis que ela não parasse Nele e que entendesse que aquilo era um itinerário do amor de Deus. Apontando aquele que representava os discípulos amados, João: “Aqui está teu filho.” Ele não estava abandonando a Sua mãe, mas estava ampliando a sua maternidade. De hoje em diante será mãe desse novo corpo, que é a Igreja. No dia de Pentecostes, finalmente ela teve esta iluminação incrível, que estaria sempre conosco, cuidando de nós. O próprio São João, no Apocalipse mostra esta mulher vestida de sol.

E agora, nós estamos aqui. Qual é a nossa missão? Qual a importância desta mulher para nós? O que ela tem? São Maximiliano fez um desafio que está além de qualquer cálculo humano: “Conquistar o mundo inteiro a Cristo por ela.” Quando alguém perguntou quem ela é, São Maximiliano deu o método certo para conhecê-la: “Se quiser entender o mistério da Imaculada peça-o de joelhos ao Espírito Santo”.

A leitura sobre o mistério de Imaculada, é uma leitura divina, a nossa devoção chega até um certo ponto. Com todos os nossos limites, nós somos filhos.

Então, hoje festejando a festa de Nossa Senhora vamos sim tê-la sempre conosco. Quem sabe a presença dela na vida nos ajude a entender quem ela é; porque estamos com ela. Amém!

Oração após a comunhão

A festa é dela! Qual é o nosso presente? A nossa Consagração. Entregamos todo o nosso ser a ela, para que ela possa dispor de nós e o sonho dela, o sonho do Seu Filho se realize no mundo. A Milícia da Imaculada é uma marca que nós vestimos para viver com toda a sua intensidade.

Não somente num momento, num horário, mas sempre, todos os dias, todas as horas, todos os minutos. Entregando de todo coração a nossa própria vida. Deus sabe, Ele está vendo que a nossa vida está totalmente nas mãos da Sua mãe. Por isso oferecemos tudo a ela, a nossa vida, nossas orações, sacrifícios e ações. Sejamos como São Maximiliano, uma oferta de vida a ela e peçamos que nos livre do desânimo, da preguiça, da tristeza, da doença e de tudo que nos afasta de Deus. 

Milícia da Imaculada · Evangelho e homilia 08 09 2020
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