Por Frei José Hugo Em A Santa Missa

A mãe que não abandona o filho

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O Frei José Hugo dos Santos (OFM Conv.) presidiu a Santa Missa, no Santuário da Milícia da Imaculada, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (Hb 5,7-9) e o Evangelho de hoje (Jo 19,25-27).

A Igreja celebra nesta terça-feira, o Dia de Nossa Senhora das Dores e Frei Hugo nos lembrou que ela sofreu as dores do seu próprio filho. O Evangelho nos relata a cena da mãe de pé junto ao filho na Cruz. A presença de outras mulheres é sinal muito claro da presença das mulheres no Ministério Público de Jesus, e principalmente, diante do sofrimento de Jesus, muitos devem ter fugido, mas além das mulheres, João também estava lá, junto de Maria.

A mãe não abandonou o filho. A mãe permaneceu até o fim junto Dele. Imagine você que gera o filho e vê-lo dessa maneira, todo ensanguentado, machucado e pregado numa Cruz. Que cena terrível e que situação difícil.

Maria enfrentou dificuldades e tropeços ao longo de uma vida toda, sendo que essa foi a mais forte. Este estar de pé, a afirmação do Evangelista nos faz pensar.

O coração podia estar estraçalhado, dilacerado, mas ela estava de pé. Não como quem não quer ajuda, como quem é orgulhoso e diz: deixa que eu me ‘viro’ sozinho. Estar de pé significa: Eu sei que tudo que está acontecendo com meu filho tem um propósito. Sim! Isso foi anunciado lá no início da vida Jesus. Ainda enquanto criança, quando foi apresentado no templo: “Uma espada de dor traspassará o seu coração”.

Maria sabia que tanto a vida dela como do seu filho não seriam fáceis. A confiança de Maria, na figura do Pai foi tão grande, que isso fez com que ela conservasse tudo no seu coração e esperasse o tempo certo para que a promessa da Ressurreição fosse cumprida.

Quantas dores nós também já enfrentamos. Quantas dores sofrimentos que brotam do nosso próprio coração e que nos afligem ao longo da nossa vida. Aquelas dores que outros colocam sobre nós; que a vida coloca sobre nós; as circunstâncias colocam sobre nós.

Qual é a nossa postura? A pergunta não deveria ser: Por que tudo isso existe? Mas a pergunta deveria ser: Como que eu vou superar tudo isso? Onde vou encontrar forças para também encarar as minhas dores?

A resposta é um caminho que leva a vida inteira, para podermos ser capazes de como Maria, percorrê-lo, esse caminho é uma construção diária. Não nascemos prontos. Não entendemos tudo perfeitamente, não. Porém, não podemos perder esse ânimo, esse estímulo de assim como Maria também conseguirmos superar os nossos desafios, as nossas lutas, as nossas dores.

Que Maria, Nossa Senhora das Dores interceda por cada um de nós!

Milícia da Imaculada · Evangelho e homilia 15 09 2020
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