Por Frei Sebastião Benito Quaglio Em A Santa Missa

Eu vim para os pecadores e não para os justos

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O Frei Sebastião Benito Quaglio (OFM Conv.) presidiu a Santa Missa, no Santuário Imaculada Conceição e São Maximiliano Maria Kolbe, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (Ef 4,1-7.11-13) e o Evangelho de hoje (Mt 9,9-13).

Frei Sebastião lembra que São Mateus era Levi e um cobrador de impostos. No livro de Macabeus, está à história de como os Romanos chegaram a Jerusalém. Macabeus sentiu a fragilidade de Israel e ouviu falar dos romanos. Eles davam proteção em troca de impostos.

A presença dos romanos na Palestina, portanto, não foi uma invasão. Foi um convite, eles se colocaram sob a proteção de Roma em troca de pagar impostos. Tanto é que não sofriam mais aquelas invasões.

Roma cobrava impostos pelo serviço de proteção. Pilatos, na época de Jesus, era o governador. Era um enviado de Roma para garantir a presença militar dos romanos e a segurança de Israel. Depois aconteceu, um movimento patriótico que fez com que o povo se revoltasse contra os romanos. Então Roma invadiu Jerusalém e a destruíram.

O cobrador de impostos era um emprego. Lembramos da passagem em que para testar Jesus, sobre que lado Ele estava, perguntaram se era lícito ou não pagar o tributo a César.

Se Jesus dissesse sim, ele estaria a favor dos romanos, ao contrário estaria contra os romanos. De qualquer jeito seria motivo de acusação. Sabemos que Jesus pediu uma moeda e perguntou de quem era a imagem da moeda, era de Cesar. Então Jesus disse: “Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

Mateus estava a serviço desta função de cobrar impostos de Jerusalém para Roma. Era algo já estabelecido como condição de proteção, mas era visto como um pecador público. Era considerado como fora de cogitação, um cobrador de impostos poder estar a serviço de Deus.

No entanto, Jesus o chamou. Mudou o nome dele de Levi para Mateus. Tanto seguiu Jesus que até fez parte do colégio apostólico dos doze apóstolos. Quando foram evangelizar o sul da Ásia, ele começou a escrever o Evangelho. A grande preocupação de Mateus foi mostrar quem era o Messias.

Mateus se tornou discípulo de Jesus e depois foi enviado com os doze para evangelizar. A palavra apóstolo, uma palavra grega do verbo apostello que quer dizer enviar, ser missionário. Essa palavra tem uma característica que serviu para ser específica para os doze.

Paulo nos fala que Cristo quis precisar de todos. Somos uma Igreja, que é o povo de Deus e temos que trabalhar por ela. Todos são chamados a participar e o que constitui a ligação, o elemento único do corpo e o próprio Cristo. Com o Espírito Santo, a Igreja, é formada por todos e Cristo é a cabeça.

Deus quer a nossa participação para a salvação do mundo. Poderia muito bem fazer tudo sozinho, mas não. A mediação humana para Deus é condição indispensável. Eu sou chamado para isso, você é chamado para isso.

Tanto é verdade que a vocação cristã não é para colocar uma medalha no pescoço e dizer eu sou de algum time. Trata-se de engajamento para participar na manutenção da Igreja e para que essa se expanda cada vez mais abrangendo a todos.

A Milícia da Imaculada nada mais é que esse engajamento radical: “Conquistar o mundo inteiro o Cristo, sob a proteção e mediação da Imaculada”.

Disse Jesus: “Ide pelo mundo inteiro e façam meus discípulos todos os povos da Terra”. Essas palavras caem nos corações que querem acolher este sonho. Não temos privilegiados, temos escolhidos para tornar este mundo melhor. Vamos juntos com todos, políticos, professores, poetas, organizadores, tantas funções, gente que trabalha com economia, agricultura, comércio, indústria, comunicação.

Somos um povo e cada um precisa do outro e unidos em Cristo levar a humanidade a sua meta que é convivência eterna com o próprio Deus. Amém.

Oração após a comunhão

Viemos aqui para ter um encontro muito especial com Cristo, com a Igreja, com a nossa fé. Renovando-a abrindo o caminho através da dinâmica generosa do amor e da caridade, sempre atraídos pela meta que a esperança nos aponta.

Somos chamados para seguir a caminho. Não estamos parados, acampados, estamos caminhando. Neste caminho queremos apagar os incêndios, eliminar os desertos, levantar os caídos, desanimados, sem meta, sem sonhos. Como fala São Paulo mostrar que Cristo é uma meta de todos nós.

Deixar-se arrastar e levar para o infinito na plenitude da Glória. Nosso projeto é o de Deus em nós. Vamos acolhê-lo com amor e aqui na Milícia vamos torná-lo não tanto um sonho, mas uma conquista diária e real, onde é possível por meio da dedicação, como a do apóstolo São Mateus. Que ele nos ensine a deixar tudo para salvaguardar a nossa fé e abraçar a luta para que o Reino de Deus seja a conquista de todos e pedimos a Nossa Senhora que nos ajude e que Deus nos abençoe. Amém.

Milícia da Imaculada · Evangelho e homilia 21 09 2020
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