O Frei Sebastião Benito Qualio (OFMConv.) presidiu a Santa Missa, no Santuário Imaculada Conceição e São Maximiliano Maria Kolbe, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (Ef 3,14-21) e o Evangelho de hoje (Lc 12,49-53).
Frei Sebastião destacou que o Evangelho de hoje parece ser revolucionário. Quando Jesus, em outros trechos, fala de amor e de paz: “Vinde a mim vocês todos que estão cansados e eu vos aliviarei.”, parece que aqui se torna até contraditório, mas Jesus traça, neste Evangelho um quadro de conversão.
Sabemos que a conversão exige um esforço, sair daquela rotina que nos envolve e nos afasta de um compromisso firme com Deus e com as pessoas. Jesus não quer a guerra, mas está mostrando uma realidade. Isso aconteceu muito, sobretudo nos primórdios da Igreja.
Todos ficavam contra quem se tornava cristão, até parentes próximos e dentro das próprias famílias. Jesus já tinha profetizado isso. Ainda hoje existem muitas relutâncias. Mas não podemos cruzar os braços. Podemos dizer que seja uma guerra santa. Temos que lutar pelo caminho certo e nos identificar como cristãos.
O cristão age no lugar de Cristo, ele se manifesta sem medo de ninguém. Somos batizados e esse Evangelho solidifica o nosso caminho de fidelidade a Jesus. Isso pode trazer inconformidades, relutâncias e dificuldades. Quando convidamos alguém para ir à Igreja, mesmo de dentro da nossa família, já enfrentamos resistências. Acho que todos já experimentaram isso, mas não devemos desistir.
Jesus significa segurança, estar com Ele e ser fiel, ser coerente com a fé. Quando Jesus ressuscitou o primeiro dom que Ele deu foi a paz. Mas não é uma paz para ficar de braços cruzados, mas na Sua presença ter a coragem de atuar sem medo de enfrentar as pessoas e mostrar para elas qual é o caminho. Amém.
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