O Frei Sebastião Benito Quaglio (OFMConv) presidiu hoje a Santa Missa, no Santuário Imaculada Conceição e São Maximiliano Maria Kolbe, em São Bernardo do Campo, São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (At 15,22-31) e o Evangelho de hoje (Jo 15,12-17).
Frei Sebastião nos lembra que Jesus nos chama e amigos. O servo é escolhido, é o patrão que o escolhe. Porém, o humilde não entra na intimidade do patrão, somente executa as ordens e não fica sabendo sobre os projetos da vida dele.
Entre amigos a situação é diferente, pois um participa da vida do outro. Deus nos autoriza entrar na vida Dele e somos tratados com a máxima intimidade. Não somos nós que escolhemos, é Deus que nos escolhe e precisa da nossa disponibilidade. Essa é a comunhão plena de Deus para conosco.
Depois Ele manda nos amarmos como Ele nos ama e ainda fala: “Eu dou a vida para vocês”. Quem é Deus para nós? Não é algo distante ao qual devemos somente adorar, mas Ele se oferece e dá a vida por nós.
Ele morreu na Cruz, deu a sua vida primeiro e deixou a mensagem “amai-vos como eu vos amei”. Sabemos que amar não é passar a mão na cabeça, dar presentes, ou fazer elogios, amar é ter um projeto para executar e crer nesses planos e dar até a vida por ele.
Deus quer a salvação de todos, quer que os homens façam parte da vida eterna. Amar a Deus significa estar em sintonia e levar o mundo a Ele. A lógica da misericórdia e do perdão é dar a vida para salvar.
Fazendo uma comparação: O Filho não escolhe a mãe, mãe que escolheu o filho. A mãe não dá tudo para o filho, ela dá o que ele precisa. Às vezes é uma atitude, uma dinâmica de amor que mesmo que ela negue algo para o filho é para o bem dele.
O amor de Cristo é um amor dinâmico, enxerga longe e tem uma meta para alcançar. Por essa meta temos que dar a vida e não é um caminho solitário.
Temos que trabalhar juntos com os outros, porque corremos o risco de nos perder. O amor é missionário e a sua meta é a felicidade de quem amamos.
Se necessário nos sacrificamos, para isso. O Evangelho de hoje até nos confunde um pouco, mas é para refletirmos sobre o amor. Em nome do amor quantos problemas, muitas separações, brigas e desentendimentos acontecem. Entretanto, o amor dos amigos de Jesus esse sim é fiel, é infinito, mas é exigente e quer que nos amemos como Ele nos amou.
Transcrição Marta Romero
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