Por Frei Sebastião Benito Quaglio Em A Santa Missa Atualizada em 11 SET 2020 - 15H41

Pode um cego guiar outro cego?

Pixabay
Pixabay


O Frei Sebastião Benito Qualio (OFM Conv.) presidiu a Santa Missa, no Santuário da Milícia da Imaculada, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (1Cor 9,16-19.22b-27) e o Evangelho de hoje (Lc 6,39-42).

Frei Sebastião ressaltou que a primeira parte da missa, dedicada a liturgia da palavra, envolve todos, mas em primeiro lugar o Padre. Quando ele faz a pregação, ele medita muito bem, senão acontece exatamente o que está escrito: apontamos os outros para tirar o cisco do olho e temos uma trave no nosso.

O próprio Papa Francisco chama atenção a todos, mas, principalmente, aos pais, aos professores, aos políticos, a todos aqueles que estão com uma responsabilidade de guiar as pessoas. Ele pede para tomar muito cuidado quando orientam e exigem do próximo, pois antes de tudo, devem ser os primeiros a dar exemplo com a sua própria vida. Penso que em primeiro lugar, temos que criar uma sensibilidade pessoal sobre estas coisas.

Uma mulher, por exemplo, que faz limpeza na sua casa. Ela percebe tudo até os detalhes e também, coisas que muita gente nem percebe. Ela cuida da casa todos os dias. Já uma pessoa que trabalha, faz limpeza da casa uma vez por semana, ela não tem é aquela mesma atenção tão detalhada. Agora, uma pessoa que só limpa uma vez por mês, aí a bagunça se acumula. Acabou perdendo aquela sensibilidade e nem percebe mais tantas coisas.

Espiritualmente é a mesma coisa, devemos cultivar para ter a sensibilidade. Em primeiro lugar é oração. Uma pessoa de oração percebe muitas coisas, inclusive o interior das pessoas. A oração nos coloca em confronto com as coisas de Deus. Saber o que Deus quer. Os próprios Santos nos estimulam a percorrer caminho certo.

O evangelho de hoje realmente é para todos. Não vamos ter medo de perceber as traves dos nossos olhos. Vamos nos livrar delas e aí vamos ficar mais livres para ajudar os outros.

Quando recebemos a Eucaristia, percebemos quem é Jesus. Ele, não somente nos alimenta, mas, realmente Ele nos assume, enquanto o alimento físico se torna parte do nosso corpo.

Jesus, como alimento, faz ao contrário, Ele nos assume para fazer parte Dele. Assim, acontece aquela sintonia que de tão perfeita se torna uma melodia de amor, de serenidade, de paz, de coragem, de alegria e de esperança.

Aí então a religião deixa de ser um acúmulo de obrigações, mas passa a ser libertação e aquele oxigênio, com o qual podemos respirar.

Oração após a comunhão:

Vamos em frente, agora com Cristo no coração. Nossa Senhora está ao nosso lado e não vamos ter medo de nada. Se tiver que tirar traves do coração, dos olhos, vamos tirar, mas peçamos a sabedoria e a força de Deus, que não obstante aos nossos pecados, as nossas traves Ele possa nos conduzir pelo caminho certo da solidariedade, da amizade e que possamos, a partir de nós ser luz para os nossos irmãos, sempre juntos com Nossa Senhora.

Milícia da Imaculada · Evangelho e Homilia 11 09 2020
Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Frei Sebastião Benito Quaglio , em A Santa Missa

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.