Evangelho Dominical

A Boa Nova: 18º Domingo do Tempo Comum

“Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” (Jo 6, 24-35)

Jorge Lorente

Escrito por Jorge Lorente

01 AGO 2021 - 00H00

Evangelho: (Jo 6, 24-35)

Quando a multidão percebeu que nem Jesus, nem os discípulos estavam ali, entraram nos barcos e foram a Cafarnaum, à procura de Jesus. Ao encontrar Jesus na outra margem, perguntaram: “Mestre, quando chegaste aqui?” Jesus respondeu: “Na verdade eu vos digo: vós me procurais, não porque vistes os sinais, mas porque comestes o pão e ficastes saciados. Esforçai-vos, não pelo alimento que se estraga, e sim pelo alimento que permanece até à vida eterna. É este o alimento que o Filho do homem vos dará, porque Deus Pai o marcou com seu selo”. Então lhe perguntaram: “O que devemos fazer para trabalhar nas obras de Deus?” Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”. Então lhe perguntaram: “Mas tu, que sinal fazes para que vejamos e acreditemos em ti? Qual é a tua obra? Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes para comer pão do céu”. Jesus lhes respondeu: “Na verdade eu vos digo: não foi Moisés que vos deu o pão do céu. Meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do céu, pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”. Disseram-lhe então: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. Jesus respondeu: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim já não terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede”.

COMENTÁRIO

Hoje encontramos Jesus em Cafarnaum, falando sobre o Pão da Vida e rodeado por uma grande multidão que o procurava. Jesus diz que ninguém pode viver sem alimentar-se, no entanto, esclarece que o alimento tradicional não satisfaz plenamente.

Jesus fala de um alimento diferente, que mata a fome por completo. Isso causa uma grande apreensão na multidão, pois era justamente isso que procuravam. Ali estava o Messias, o enviado que, segundo o entendimento do povo, saciaria a fome do estômago. Não estavam preparados para entender que Jesus referia-se ao alimento espiritual. Referia-se a Ele próprio.

Quantas milhares de pessoas ainda hoje duvidam das Palavras de Jesus, como eles poderiam entender que a multiplicação dos pães era sinal, anúncio e preparação do alimento fonte da verdadeira vida; o seu próprio Corpo e Sangue?

Jesus sabia que eles o procuravam por interesse, por causa dos pães que havia multiplicado e distribuído, por isso diz ao povo: “Trabalhem não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna, e complementa dizendo: é meu Pai quem vos dará o verdadeiro pão do céu”.

Bastou Jesus dizer isso, para que todos quisessem receber o alimento que nunca perece. Nesse momento Jesus fez uma séria declaração: “Eu sou o Pão da Vida – disse – quem vem a mim não terá mais fome, e quem crê em mim, nunca mais terá sede”.

Jesus se identifica com o Pão da Vida, porque só Ele é capaz de transmitir para todos a revelação divina e a graça que leva para a Vida eterna. Jesus é a Salvação oferecida pelo Pai para toda humanidade.

Onde Cristo está presente, nasce a fraternidade e o espírito de ajuda mútua. Jesus prega o oposto do que o mundo ensina. Jesus ensina que a partilha não deve ser apenas de pão material, mas também do pão do emprego, do salário digno, pão da saúde, pão da terra para plantar, pão da digna moradia.

A salvação está presente em Jesus. Quem se aproxima Dele, de seu Projeto e vive suas Palavras, jamais terá fome nem sede. A fome e sede do cristão devem ser de justiça e de paz. Jesus satisfaz nossos anseios mais profundos porque Ele dá sentido à nossa vida.

Com muita coragem e persistência, vamos aceitar e colocar em nossas vidas, o Alimento que Salva. Vamos seguir o Verdadeiro Caminho, Aquele que é sustento e inspiração na difícil caminhada rumo ao Reino prometido.

Escrito por
Jorge Lorente
Jorge Lorente

Locutor da Rádio Imaculada, colunista e escritor de vários livros consagrados. Seu último lançamento foi a obra "Maria, mãe e mulher".

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Por Barbara Rodrigues, em Evangelho Dominical

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