Evangelho Dominical

A Boa Nova: 32º Domingo do Tempo Comum

Solenidade de todos os Santos

Jorge Lorente

Escrito por Jorge Lorente

07 NOV 2021 - 00H00

Evangelho: (Mt 5, 1-12a)

Ao ver aquela multidão de povo, Jesus subiu ao monte. Quando sentou-se, os discípulos se aproximaram, e Jesus começou a ensiná-los: “Felizes os que têm espírito de pobre, porque deles é o reino dos céus. Felizes os que choram, porque serão consolados. Felizes os mansos, porque possuirão a terra. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Felizes sereis quando vos insultarem e perseguirem e, por minha causa, disserem todo tipo de calúnia contra vós. Alegrai-vos e exultai, porque grande será a vossa recompensa nos céus. Foi assim que perseguiram os profetas antes de vós”.

COMENTÁRIO

Hoje comemoramos Todos os Santos, em particular aqueles que não estão no altar. Lembramos hoje dos cristãos que viveram o evangelho, que fizeram da Palavra de Deus o seu estilo de vida, que souberam seguir Jesus com fidelidade, e que agora se encontram na presença de Deus na Glória Celeste. Nossas homenagens aos bem-aventurados que souberam viver o amor.

O sermão da montanha ou das bem-aventuranças, como é conhecido, é um dos mais expressivos ensinamentos de Jesus. As bem-aventuranças são o resumo de todas as expressões de amor fraterno. De maneira clara, enaltecem o pobre, o que sofre, o que luta por justiça, o injuriado, o perseguido...

Jesus diz que: quanto mais misericordiosa, mansa, humilde e pura de coração for a pessoa, maior é a chance de receber a grande recompensa no céu. Chama de Bem-aventurados os que promovem a paz num mundo tão conturbado e individualista.

Falecidos ou não, hoje lembramos de todos os santos. Homens e mulheres, dotados de total desprendimento e doação. Filhos de Deus que souberam ver em cada próximo um irmão. No anonimato, confiantes, abraçaram o ideal do evangelho e amaram intensamente, sem divisões nem restrições.

Deus nos ama profundamente e quer que nos amemos uns aos outros com amor tolerante, sincero e fraternal. É esse amor que Jesus ressalta em cada uma das bem-aventuranças. Elas afirmam que, quem vive o amor já é santo. Fomos feitos para a santidade, portanto, só há uma alternativa; ser santo ou nada!

A santidade nos espera. A santificação deve ser o nosso ideal. Ser santo é ser pobre em espírito, é confiar plenamente em Deus. É apoiar-se na graça de Deus e compartilhar do sofrimento dos irmãos. É chorar com os que choram, é partilhar os bens e aliviar a dor dos menos favorecidos.

O santo procura ser manso e caridoso com as pessoas, mesmo quando estas não são amáveis. O santo segue Jesus com fidelidade, pratica a justiça e a fraternidade; é misericordioso, sabe dividir e não é mal intencionado. O santo é um apaziguador, reflete harmonia e, acima de tudo, é um construtor da paz.

É preciso, no entanto, persistência e muita coragem, pois o santo é também um sério candidato ao martírio. Quem vive as bem-aventuranças é presa fácil da injúria. Assim como Jesus, o santo será perseguido e até mesmo morto pelos inimigos da verdade, da justiça e da paz. Poderá ainda, ser humilhado e martirizado por aqueles que fazem da morte o seu meio de vida.

É poderosa a minoria que sobrevive da opressão, do desemprego, da inflação, também do tráfico de drogas e do aliciamento de menores... são perigosos os abutres que encontram na podridão a sua subsistência. O santo, porém, é muito mais forte, não vira o rosto para as verdades. Tudo vê e jamais fecha os seus olhos.

O construtor da paz incomoda com sua presença e grita bem alto as falcatruas. O bem-aventurado clama por um mundo de amor, onde haja vida e liberdade. Ser santo, essa é a única alternativa para quem quer ganhar sua recompensa no céu.

Escrito por
Jorge Lorente
Jorge Lorente

Locutor da Rádio Imaculada, colunista e escritor de vários livros consagrados. Seu último lançamento foi a obra "Maria, mãe e mulher".

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