O Frei Sebastião Benito Quaglio (OFMConv) em missa celebrada durante a Quaresma comentou o Evangelho de Mateus 9,14-15.
Frei Sebastião iniciou a homília ressaltando que algumas palavras de Jesus nos fazem pensar. Os fariseus discípulos de João praticavam o jejum duas vezes por semana e os discípulos de Jesus não.
Quando Ele foi interpelado com isso disse: “por acaso quando o noivo está presente os convidados tem que jejuar? Não”. Até Jesus, antes de iniciar a vida pública jejuou quarenta dias e quarenta noites, mas no final teve fome. Qual o significado disso?
Significa que não é tanto um jejum físico, mas realmente ter uma presença intensa com Deus. Toda a penitência tem que ser fruto de uma experiência. A primeira leitura é muito rica nesse sentido, nós temos que nos identificar com Jesus e entrar em sintonia com Ele e saber que temos que viver do jeito do Filho de Deus.
Não tanto o jejum em si, que deve marcar a nossa vida, mas o controle da nossa existência em favor da fé. Não podemos deixar de repartir um pão, perante um faminto que está na nossa frente.
Não podemos nos recusar a ajudar alguém se temos condições de estender a mão. Portanto, Cristo naquele momento tem que agir dentro de nós, temos que estar em sintonia com Ele, portanto a oração, o jejum tem que ter feito com base no amor, na misericórdia e a na solidariedade.
Assim tudo sentido, senão fica uma coisa vazia. Como já falamos sobre a penitência, sabemos que durante o dia, normalmente, fazemos tantas penitências. A nossa vida é cheia de sacrifícios, de renúncias, de dedicação, mas o jeito que fazemos as coisas, que rezamos, que vivemos, a maneira que nos relacionamos com os outros. Tudo o que fazemos tem que ser do jeito de Jesus Cristo, assim seremos capazes de fazer coisas incríveis.
Durante esta Quaresma vamos procurar estar em sintonia com o jeito de Jesus. Vamos viver isso e fazer tudo o que sabemos que é bom perante todas as situações. Abrir a boca para uma boa palavra e fechar a boca quando necessário. Abrir as mãos para ajudar alguém e fechá-las em oração. Devemos ter um tempo para aprender de Jesus como agir através da oração.
Transcrição Marta Romero
“Eram como ovelhas que não têm pastor”
O comentário teológico desta atividade messiânica é realizado por uma frase bíblica: “eram como ovelhas sem pastor”. Moisés diante de sua morte pede a Deus que estabeleça como chefe da comunidade “um homem que os preceda no entrar e no sair... para que a comunidade do Senhor não seja um rebanho sem pastor” (Nm 27,17). Como Josué tomará o lugar de Moisés, assim, os discípulos continuarão a missão de Jesus, o pastor messiânico que guia e protege a comunidade cansada e abatida. A motivação profunda do compromisso messiânico-salvífico de Jesus, que deve prolongar-se na missão dos discípulos, está na compaixão, naquele amor gratuito e ativo que o impulsiona a intervir para aliviar as misérias do povo, (Mt 14,14; 15,32; 20,34).
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Frei Sebastião medita sobre o tema: Milite, renove hoje o teu sim como Maria
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