A transfiguração de Jesus acontece seis dias após o convite a tomar a própria cruz (cf. Mc 8,34). Seria, então, no sétimo dia, quando Deus completou a criação e repousou (cf. Gn 2,1). Essa indicação temporal sublinha que a transfiguração não é algo imediato, mas o resultado final de toda uma “obra criadora”, a ser levada a cabo no percurso da existência de cada discípulo.
Transfiguração, no evangelho, diz-se “metamorfose”, que significa, literalmente: “mudança de forma”. Assim, encarnando-se, Jesus tomou forma humana sob a condição de servo (cf. Fl 2,7), para que fôssemos “transformados”, participando, n’Ele, da condição divina (cf. 2Pd 1,4), agora revelada no Monte Tabor.
Na cena da transfiguração, Jesus aparece conversando com Moisés e Elias. Ora, na tradição, Moisés representa a Lei e Elias, os Profetas. “Lei e Profetas” era uma maneira comum de designar a totalidade do conteúdo das Sagradas Escrituras. Portanto, ao figurar entre os dois personagens, Jesus confirma-se como ponto de convergência e realização plena de todas as promessas contidas nas Escrituras.
Em seu destino de Paixão, Morte e Ressurreição, Jesus Cristo é a “Palavra”, que tira o véu que permanecia sobre a leitura do Antigo Testamento e no coração de quem o lê (cf. 2Cor 3,14-16). Ao mesmo tempo, a cena da transfiguração afirma que as Escrituras iluminam o “Mistério” de Cristo. É d’Ele que elas falam (cf. Lc 24,25-27), sem as quais não poderíamos sequer imaginar os grandes e preciosos dons que nos foram concedidos (cf. 2Pd 1,4). Por isso, o autor da Segunda Epístola de Pedro exorta-nos a prestarmos atenção à Palavra dos profetas, que é a lâmpada que brilha em lugar escuro até que desponte o dia e a estrela d’alva surja em nossos corações (cf. 2Pd 1,19).
Diante da cena, os discípulos foram tomados de pavor e não sabiam o que dizer (cf. Mc 9,6). Pedro, porém, rompendo o silêncio, diz: “Rabi, é bom estarmos aqui. Façamos, pois, três tendas uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias” (Mc 9,5). Embora ele não soubesse o que estava dizendo, sua intervenção exprime dimensões profundas do mistério de Cristo. Pois em Jesus transfigurado, toda a criação alcança a beleza que Deus lhe havia designado desde o princípio, quando, ao final de Sua obra, constatou que o que havia feito era muito bom (cf. Gn 1,31).
Jesus é, portanto, o ponto de chegada e a força que move tudo desde o princípio. Porém, nem Pedro nem os outros poderiam construir uma habitação para o Senhor (cf. 1Sm 7), porque Ele mesmo, em sua humanidade transfigurada, é a tenda definitiva de Deus com os homens (cf. Jo 1,14). Mas, para termos n’Ele morada, é necessário ouvi-Lo, conforme a ordem do Pai (cf. Mc 9,7), aceitando Seu convite a segui-Lo no caminho da cruz (cf. Mc 8,34-35).
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