Jesus nunca aceitou o título de “Messias”, tão importante em sua época. A razão de sua rejeição era porque tal título continha fortíssimas conotações políticas. Com efeito, “Messias” equivalia a ser rei poderoso com a missão de restabelecer a realeza de Israel, subjugando os povos pagãos a seu domínio. Por isso, Jesus sempre preferiu o título de Filho do Homem. Ele afirmava que aqueles que reinam sobre as nações as dominam e tiranizam. Entre seus discípulos, porém, não devia ser assim. Ao contrário, quem quisesse ser grande tinha de ser o servidor de todos como o Filho do Homem que não veio para ser servido, mas para servir (cf. Mc 10,42-45).
Contudo, a inscrição afixada à cruz: “Jesus Nazareno Rei dos Judeus”, atesta que Jesus foi crucificado sob a acusação de agir como “Messias”. Para os romanos, “rei” é o equivalente de “Messias”. Ora, se a comunidade cristã primitiva atribuiu o título de Messias a Jesus Cristo foi porque, em referência ao Senhor, ser “Messias” adquiriu uma conotação inteiramente nova e abissalmente diferente do significado comum.
Com efeito, na narração do processo diante de Pilatos segundo o evangelho de João, a correção feita por Jesus à acusação que lhe era imputada, constitui uma interpretação própria do que a realeza significava para Ele. Isto se torna evidente em suas respostas às três perguntas que Pilatos Lhe faz. Na primeira, Pilatos pergunta-Lhe se Ele é rei. Jesus lhe responde com outra pergunta: “Falas assim por ti mesmo ou outros te disseram isto de mim?” (Jo 18,34). Isto serve para estabelecer os termos do processo: estamos debatendo sobre uma acusação suscitada pelas autoridades judaicas de que eu me declarei Messias?
Pilatos confirma que a acusação provinha, efetivamente, dos mandatários judeus e pergunta ao acusado o que o credencia a agir como rei (cf. Jo 18,35). Jesus responde negativamente dizendo que seu reinado não tem caráter político: “Meu reino não é deste mundo” (Jo 18,36a). “Mundo”, na teologia do Evangelho de João, significa uma sociedade humana organizada sobre o princípio da descrença. Para o evangelista, só há dois modos possíveis de existir: o modo de quem crê e o de quem não crê. Cada um desses modos produz um “mundo” diferente.
Em seu debate com Pilatos, Jesus, porém, insiste que em certo sentido, Ele é rei. Pilatos então, retoma a primeira pergunta dando a oportunidade para Jesus esclarecer seu sentido próprio de realeza. Ele então, afirma ter vindo ao mundo para dar testemunho da “verdade”, ou seja, para trazer a revelação divina. Com isto, fica estabelecida uma redefinição completa da “messianidade” e realeza de Jesus, segundo o evangelho de João. “Verdade”, no pensamento do evangelista, significa “ver” Deus através de sua ação reveladora e redentora. A este ponto, não cabe dúvida de que a revelação e redenção de Deus manifestaram-se plenamente em Jesus Cristo, Seu Filho: “Tanto Deus amou o mundo que entregou seu Filho Único para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Crer, portanto, significa reconhecer e acolher a salvação de Deus revelada em Jesus Cristo, a qual tem o “poder de nos tornar filhos de Deus” (cf. Jo 1,12). Essa experiência de fé nos leva a estarmos na verdade, a caminharmos na luz, a sermos gerados por Deus mesmo e não da vontade do homem (cf Jo 1,13). Ao contrário, a incredulidade é o fechamento à revelação do Filho de Deus, é estar na mentira preferindo as trevas à luz (cf. Jo 3,19).
Enfim, Jesus é rei e Messias no sentido que torna presente no mundo o reinado de Deus que não subjuga ninguém, mas realiza a liberdade de todos que o acolherem: “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,32) e “se, pois o Filho vos libertar, sereis, realmente, livres” (Jo 8,36).
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