Causa-nos certa estranheza, no dia em que celebramos a festa de Jesus Rei do Universo, a liturgia propor-nos o texto da crucificação. Jesus-Rei nos é apresentado impotente, humilhado, derrotado e morto. Tal estranheza é objeto do sarcasmo dos próprios soldados que lhe estavam ao redor, naquele momento: “Se és rei dos judeus, salva-te a ti mesmo” (Lc 23,37). Também um dos malfeitores crucificados com ele dizia: “Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós” (Lc 23,39b). Esse clamor representa a expectativa de todo ser humano. Salvar a si mesmo é o mais ardente desejo humano; cada um está sempre pronto a salvar a si mesmo, inclusive em detrimento do outro. É a solução enganadora do egoísmo que outra coisa não é, senão perdição nossa e dos outros. Com efeito, “quem quiser salvar a própria vida vai perdê-la” (Lc 17,33a).
Na ânsia de salvar-se a si mesma, a pessoa busca o ter, o poder e o prestígio. O Senhor mesmo experimentou isso lá no deserto: “Eu te darei todo este poder com a glória destes reinos...” (Lc 4,6). Tal busca, porém, destrói o homem. Só quem abraça a loucura da cruz que leva a perder-se a si mesmo por amor pode salvar verdadeiramente a si mesmo e aos outros. Com efeito, “se o grão de trigo caído na terra não morrer, fica só, mas, se morrer, produz muito fruto” (Jo 12,24).
Jesus é nosso Salvador porque, não se deixando enganar pelo tentador, assumiu o risco de perder-se a si próprio em favor outros. Essa foi sua batalha no deserto, da qual saiu vitorioso; desde então, passou a ser o seu lema, por excelência: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me. Pois quem quiser salvar a si mesmo vai perder-se, mas quem perder a si mesmo por causa de mim, este vai salvar-se” (Lc 9,23-24). Tal atitude do Senhor se confirmou na cruz, o “tempo oportuno” (cf. Lc 4,13), em que o velho inimigo voltou à carga pela boca de pessoas presentes no Calvário: “Salva-te a ti mesmo!”
Com a mesma fidelidade de outrora, Jesus não caiu na armadilha. Ao insistente apelo a salvar-se a si mesmo, ele respondeu com a entrega de si mesmo. Injuriado e maltratado, foi crucificado no meio de dois malfeitores que representam, na verdade, a totalidade da humanidade, pois, somos todos malfeitores: não há ninguém que pratique o bem, nenhum sequer (cf. Rm 3,10). É a solidariedade total do justo com os injustos. É a presença do mistério de Deus no centro de nossas misérias e de nossas cruzes. Leia MaisNossa Senhora de ZeitounLiberdade é viver na graça de DeusO mundo será de DeusRezar sem cessar
A pior blasfêmia, o pior pecado contra Deus, é não reconhecê-lo na cruz, onde Ele revela plenamente a sua Misericórdia que rege todo o universo. Separar Deus da cruz é privá-lo da sua glória e convertê-lo em um ídolo. Tal pecado nos é muito mais comum do que parece. Com frequência, nós nos comportamos como inimigos da cruz de Cristo (cf. Fl 3,18), buscando em outras coisas nossa salvação.
Fonte: O Mílite
“Eram como ovelhas que não têm pastor”
O comentário teológico desta atividade messiânica é realizado por uma frase bíblica: “eram como ovelhas sem pastor”. Moisés diante de sua morte pede a Deus que estabeleça como chefe da comunidade “um homem que os preceda no entrar e no sair... para que a comunidade do Senhor não seja um rebanho sem pastor” (Nm 27,17). Como Josué tomará o lugar de Moisés, assim, os discípulos continuarão a missão de Jesus, o pastor messiânico que guia e protege a comunidade cansada e abatida. A motivação profunda do compromisso messiânico-salvífico de Jesus, que deve prolongar-se na missão dos discípulos, está na compaixão, naquele amor gratuito e ativo que o impulsiona a intervir para aliviar as misérias do povo, (Mt 14,14; 15,32; 20,34).
O anúncio do Anjo Gabriel à Maria
Frei Sebastião medita sobre o tema: Milite, renove hoje o teu sim como Maria
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Acompanhe o passo a passo da oração do Santo Terço dedicado a São José. Reze conosco!
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