Havia, na Igreja primitiva, uma expectativa de que a segunda vinda de Jesus Cristo aconteceria em breve (cf. Mc 13,30; Mt 24,34). Mas, como passasse o tempo e tal vinda não acontecia da forma esperada, muitos se impacientavam perguntando-se: por que o Senhor ainda não voltou? Por que está demorando tanto? Será que vai voltar mesmo?
Com a parábola do juiz insensível e inexorável, o evangelista quer ensinar que o Senhor é o dono da história; a Ele pertencem o tempo e a eternidade, como se reza na liturgia do Sábado Santo. Não cabe ao discípulo pretender interferir em seus desígnios e querer encaixá-los em suas expectativas.
O fato de o juiz iníquo, finalmente, render-se aos rogos insistentes da viúva significa que a vinda do Senhor é certa, mas a seu tempo. Enquanto isso, é necessário “importuná-lo”, pedindo insistentemente por sua vinda, para mantermos aceso o desejo de encontrá-Lo e nos livrarmos da tentação mortal de não esperarmos mais por Ele.
Conta-se que São Francisco de Assis, no fim da vida, andava chorando pelos caminhos. Um dia, alguém lhe perguntou: “Por que choras, irmão?”. Ele respondeu: “Choro porque o Amor não é amado”. De fato, o maior perigo que corremos é deixarmos extinguir em nós o desejo do Senhor de tal modo a não mais esperarmos por Ele. Leia MaisO Ministério Ordenado no Vivendo a FéDepressão não escolhe idadeBispos brasileiros têm encontro com o PapaBíblia é o tema do Só o Amor Constrói
Rezar sem cessar significa manter vivo em nós o desejo do Senhor, viver na ânsia do encontro com Ele, Sumo Bem de nossa vida. O pedido: “Venha o teu reino” (Lc 11,2b) é o coração da oração que Jesus nos ensinou. O ser humano não pode produzir o Reino, pois este é dom de Deus! Pode somente acolhê-lo. E só pode acolhê-lo se o esperar, e só pode esperá-lo se o desejar, e só o deseja se o amar. O fato de pedir permite a Deus vir e ser acolhido. É isto que significa “amar o Amor”.
Segundo São Lucas, o ensinamento de Jesus sobre a necessidade da oração constante, ao término de sua caminhada terrena, é como um testamento, ou seja, revelação de suas recomendações mais importantes, pouco antes de morrer. Sua última vontade, revelada nesse testamento, é que não perdêssemos a fé no seu retorno e vivêssemos na esperança do encontro com Ele. Mas tal fé não é crendice nem simples admissão das realidades celestes. É “ligação vital” com o Senhor, qual ramo enxertado ao tronco da videira (cf. Jo 15,5). Rezar sem cessar é manter viva esta ligação, que nos abre os olhos para ver o Reino que já veio no escondimento e no sofrimento e que, somente no fim, se revelará na glória. Contudo, já está presente, aqui e agora, na luta pela fidelidade ao Senhor.
Tal fé nos faz perceber que a oração não tem necessidade de ser atendida naquilo que se pede. O maior dom que esta obtém é o próprio fato de rezar, ou seja, de entrar em comunhão com Deus. Esse é o fruto que ela traz sempre consigo e supera toda expectativa que possamos ter.
Fonte: O Mílite
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