O encontro entre Jesus e Zaqueu é um episódio-chave no evangelho de São Lucas. É resposta conclusiva ao que foi dito antes e antecipação do que se dirá depois. Nesse encontro se entrelaçam os vários fios do “Evangelho da Misericórdia”.
Cada palavra é como nota musical que deixa ressoar toda a melodia do Evangelho da salvação universal, desde a manjedoura até o Calvário. A intenção fundamental desse trecho é, portanto, revelar como todos nós, começando pelos mais impossibilitados, podemos nos tornar discípulos do Senhor. O que é impossível para nós não o é para Deus (cf. Lc 18,27)
O centro da passagem é o “desejo” de Zaqueu “de ver” Jesus que, por sua vez, volta seu “olhar” para ele. Dessa troca de olhares, brota, “hoje”, a salvação, impossível a todos, mas não a Deus (cf. Lc 18,27), para quem tudo é possível (cf. Lc 1,37).
Assim, Zaqueu, o “perdido” por excelência, encontra o Filho do Homem que veio buscar e salvar o que estava perdido: “Zaqueu, desce ligeiro, porque hoje devo ficar na tua casa” (Lc 19,5). Ao contrário de Adão que se escondia do rosto de Deus, por medo, Zaqueu pode tornar-se desejoso de vê-lo porque o encontra como a Misericórdia, que volta para ele o seu olhar (cf. Nm 6,25-26), implorando para estar com ele: “Hoje devo ficar em tua casa” (Lc 19,5b). Com essas palavras, o evangelista quer nos atingir para que nos esvaziemos de nossas presunções e falsas humildades, e nos coloquemos com simplicidade e seriedade no seguimento de Jesus, que nunca é fruto de possibilidades humanas.
O seguimento de Jesus, visto desde as possibilidades humanas, é sempre uma impossibilidade. Ele só se torna possível quando o olhar humano se encontra com o olhar do Filho de Deus, que está sempre à procura de cada pessoa, por mais perdida que seja (cf. Lc 19,5).
Quando “o recebemos em casa”, isto é, quando ouvimos a Palavra do Evangelho de tal forma que nossa vida se torna consequência da Palavra escutada, tudo se transforma e começamos a produzir verdadeiros frutos de conversão: amando de verdade o próximo, reparando todo o mal cometido contra ele (cf. Lc 19,8), porque entendemos que não podemos amar, de fato, a Deus, a quem não vemos, se não amamos o próximo, a quem vemos (cf. 1Jo 4,20).
O que importa realmente é nos colocarmos no seguimento de Jesus, com a confiança de quem já foi alcançado por Ele (cf. Fl 3,12). Com efeito, o abismo de impossibilidade, que nos separava do seguimento, foi superado porque o olhar do “Filho do Homem, que veio buscar e salvar o que estava perdido”, se voltou para nós. Por isso, podemos agora, tranquilamente, repetir com o apóstolo Paulo: “Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais o primeiro sou eu” (1Tm 1,15b).
Fonte: O Mílite
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