O leproso, que implora a cura, é apresentado como modelo dos cristãos que se dirigem ao Cristo Senhor. O conteúdo da oração é manifestado pelo verbo “purificar”, que relembra o contexto das prescrições de purificação da lepra, narradas no Livro do Levítico. Segundo essas normas, quem quer que fosse infectado pela lepra devia ficar separado do convívio social até a completa cura, que devia ser confirmada pelo sacerdote (cf. Lv 13‒14).
Por estas regulamentações bíblicas, constata-se que as pessoas atingidas por doenças da pele, ficavam isoladas, sem poder conviver com os familiares nem frequentar a assembleia litúrgica. Assim, Maria, que murmurou contra o irmão Moisés, tornou-se leprosa e, portanto, ficou excluída da comunidade religiosa por sete dias (cf. Nm 12,1-16). O rei Osias, que quis oferecer incenso no templo abusando de seu poder real, ficou leproso e permaneceu em isolamento pelo resto de sua vida (cf. 2Cr 26,16-21). Vê-se, portanto, que a antiga tradição espiritual do Povo de Israel considerava a lepra como castigo de Deus por alguns pecados graves. Daí a relação entre lepra e situação religiosa da pessoa.
Por essa relação entre lepra e pecado, a cura era reservada a Deus e aos homens de Deus, Moisés e os profetas (cf. Nm 12,9-15; 2Rs 5,3-14). Nesse contexto bíblico, entende-se o alcance do sentido religioso do gesto de Jesus que cura o leproso. Ao livrar o leproso de sua doença, Jesus não o cura apenas fisicamente, mas também afetiva e espiritualmente, pois agora ele pode conviver normalmente com seus entes queridos e frequentar a liturgia na comunidade religiosa.
Nesse quadro altamente sugestivo, as últimas palavras de Jesus, que despede o homem curado, são uma confirmação de sua total reabilitação e, ao mesmo tempo, revelam o valor cristológico e eclesial deste evento. Pois, ao enviar o leproso curado ao sacerdote, Jesus demonstra fidelidade no cumprimento da Lei e, ao mesmo tempo, supera a própria Lei. Com efeito, as prescrições da Lei ordenava isolar os leprosos, mas tal isolamento não só era incapaz de curá-los, como aumentava, ainda mais, o sofrimento deles. Jesus, ao invés, cura o leproso acolhendo-o e reenviando-o para a comunidade. Com isso, fica claro que, com o ministério de Jesus, está em ação a força salvadora de Deus que cura efetivamente as pessoas de todos os males. Portanto, os fiéis que, agora, ouvem o Evangelho, seja qual for a situação em que se encontrem na vida, podem dirigir-se ao Senhor ressuscitado, com a confiança de serem inteiramente salvos. Pois, Jesus, de fato, “veio buscar e salvar o que estava perdido” (Lc 19,10).
30º Domingo do Tempo Comum l 27 de outubro de 2024
No Evangelho de hoje nos deparamos com um cego pobre e mendigo, sentado à beira da estrada. Como sempre, a palavra de Deus é muito atual. Quantos pobres, cegos ou coxos encontramos no nosso dia-a-dia, sentados à margem das calçadas ou jogados pelas esquinas, e nem percebemos suas presenças.
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