Seguindo a escola de Maria e totalmente consagrado a Ela, Padre Kolbe aprendeu o valor da oração, se comprometeu a viver quase que “imerso” numa atmosfera de contemplação e ensinou com o testemunho de sua experiência que a oração é o cume de toda atividade humana.
Por Paulo Teixeira Em Formação Atualizada em 18 JAN 2021 - 15H34

São Maximiliano Kolbe, mestre da vida espiritual

Seguindo a escola de Maria e totalmente consagrado a Ela, Padre Kolbe aprendeu o valor da oração, se comprometeu a viver quase que “imerso” numa atmosfera de contemplação e ensinou com o testemunho de sua experiência que a oração é o cume de toda ati

Seguindo a escola de Maria e totalmente consagrado a Ela, Padre Kolbe aprendeu o valor da oração, se comprometeu a viver quase que “imerso” numa atmosfera de contemplação e ensinou com o testemunho de sua experiência que a oração é o cume de toda atividade humana. 


Olhando para a pessoa e a vida dele, causam admiração sem dúvida alguma, aspectos distintivos de sua personalidade: por um lado ele é um gênio criador, com capacidade de conceber projetos, tem um terrível dinamismo apostólico, rapidez nas relações; mas por outro lado, grande domínio de si, hábito de reflexão teológica, profundo ardor na oração, espírito penetrante e é um grande místico. Portanto, todos estes aspectos compõem, em poucas palavras, um equilíbrio harmonioso entre ação e contemplação.

“Presta atenção sempre à voz divina” (964), escreveu ele no seu diário pessoal durante um retiro espiritual, nos seus anos de estudante em Roma. E será essa atenção permanente à voz divina o clima espiritual do seu coração, o terreno no qual nascerá e se desenvolverá sua oração como respiro da sua alma, como ambiente habitual de toda sua existência. A oração de Padre Kolbe não é uma elaboração teórica, mas uma experiência vivida, uma oração existencial: é a alma e a força de cada uma de suas realizações missionárias e apostólicas. Por isso, vejamos uma característica fundamental da oração: a oração como expressão do amor.

Um traço característico da oração kolbiana é sem dúvida alguma o amor, dom de Deus, que dilata o próprio coração e o expande de maneira que nele possa se expressar a comunhão com todos os seres criados por Deus.

O amor é fonte e também fim da oração. Na oração, escreve São João da Cruz, “já tudo é exercício de amor” (São João da Cruz, Cântico espiritual B, XXVIII, 9). Por sua parte, o Papa Paulo VI, na audiência geral de 10 de novembro de 1965, repetia: “A oração é uma maneira de amar, a arte da caridade espiritual”; e na do dia 20 de julho do ano seguinte disse: “Rezar é amar”.

A oração é um intercâmbio entre Deus e o ser humano. Não só intercâmbio de palavras, senão um intercâmbio de amor. Ou, dito de outra maneira, um olhar de amor recíproco, sem limites de tempo, sem limites na veemência manifestada para com o ser amado. Tal é o amor que animava a oração de São Maximiliano Kolbe que é natural que não ficasse oculto. Muitas vezes, transparecia ao exterior; por exemplo, durante um momento de adoração ou durante o ofício divino. “Quando recitava o texto das orações, - relata uma testemunha – tínhamos a sensação e a intuição de que o amor (de Deus) enchia completamente seu coração”.

Falar de oração na vida e no pensamento de Maximiliano Kolbe não é uma tarefa fácil, pois o nosso santo – como é sabido – não apresenta uma doutrina sistemática sobre a oração, mas somente podemos encontrar reflexões esquematizadas, notas, artigos escritos para a revista ou pequenos resumos pensados para o seu apostolado; no entanto, nos oferece a sua própria vida, a sua existência como um livro aberto do qual poderemos colher a riqueza e a imensidão da sua vida espiritual.

Escrito por
Paulo Teixeira
Paulo Teixeira

Jornalista formado na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), atua como editor responsável das revistas O Mílite e Jovem Mílite há mais de quatro anos. É autor do livro "A comunicação na América Latina".

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