Vocação: voz divina no coração

A vocação a vida religiosa, em especial, é um convite para realizar uma missão. É uma escolha que vem do coração de cada um, que abraça Jesus Cristo, seguindo os mesmos passos que Ele trilhou e ensinou. A Igreja se preocupa com as vocações, pois é por meio delas que Cristo se faz presente para continuar a propagar o seu Reino.

Assim como Jesus Cristo enviou os apóstolos e os discípulos para evangelizar, acolhe agora nossos sacerdotes, irmãos e irmãs (freis e freiras) para continuar sua Obra. Igualmente os leigos são convidados para a missão de santificação do mundo. Desta maneira, a Igreja escolheu o mês de agosto, para refletir e rezar pelas diversas vocações.

Apelos de Cristo

Cristo é o maior incentivador dos nossos jovens. Como Ele chamou os apóstolos e discípulos para acompanhá-lo e depois para evangelizar os povos, escolhe agora os seus seguidores para pregar a Palavra de Deus, como vem fazendo nestes últimos dois mil anos. Homens e mulheres que são chamados por Cristo à vida religiosa sentem-se encantados com o convite e descobrem o fascínio pelo Reino de Deus, aprendendo a amar a Deus e ao próximo.

Não somente os que vão se dedicar exclusivamente a Deus, mas todos são convidados para participar da construção do Reino de Deus a partir do Batismo. Aqueles que se sentem atraídos pela vocação e pela Igreja vão partilhar com muito mais alegria ainda deste conviver com Cristo e com as comunidades cristãs, participando de celebrações, da liturgia e seguindo Jesus e os seus passos para evangelizar com amor todos os que se aproximarem deles.

Quando falamos dos discípulos de Jesus, estamos falando daqueles que realmente serão “discípulos missionários”, ou seja, trabalharão para sair de si mesmos a fim de instaurar o Reino de Deus. Ao chamar Seus discípulos, o Senhor enviou-os em missão (cf. Lc 10,1-20).

Assim como fez com os apóstolos, Jesus, neste momento atual, chama todos os cristãos de todos os estados de vida e condições sociais para abraçar a Sua causa. Olhando para o exemplo de São Paulo, que nos deixou uma série de ensinamentos, lembramo-nos de: “Quanto a mim, que eu me glorifique somente da cruz do Nosso Senhor, Jesus Cristo. Por ele, o mundo está crucificado para mim, como eu estou crucificado para o mundo” (Gl 6,14). E “trago em meu corpo as marcas de Jesus” (Gl 6,17). Jesus procura ensinar os discípulos missionários de qualquer tempo ou cultura que a felicidade não se encontra na riqueza, na segurança ou mesmo na quantidade de bens materiais disponíveis na vida.

O que os discípulos necessitam para ensinar as Palavras de Deus está na força da mensagem da qual eles são os portadores. Os vocacionados saberão usar todos os meios disponíveis, como os antigos apóstolos faziam nas suas caminhadas pelas estradas da Galileia, passando pelas grandes incursões missionárias que fizeram. É preciso vencer desafios. São convocados para trabalhar para Cristo com inteligência e perspicácia, através dos meios disponíveis em cada época, usando principalmente o contato pessoal. A evangelização “face a face” é essencial, porque o discípulo leva o olhar do Cristo aos irmãos e, ao mesmo tempo, vê nos irmãos também o Cristo vivo

Fonte: Jovem Mílite