Itinerário Espiritual de São Maximiliano

Divulgação

São Maximiliano Kolbe

A Medalha Milagrosa: A nossa bala (munição)!

Uma das pequenas coisas que padre Kolbe presenteava, aos amigos e aos inimigos na fé, aos fiéis e para aqueles que ainda não tinham fé, era a medalha milagrosa; aconselhava a seus colaboradores a fazerem o mesmo e a prescrevia aos milites da Imaculada: quem aceitava e a usava, mesmo que só por simples ato de cortesia, este pequeno grande sinal da proteção da Imaculada, seria certamente convertido. Sua fé e sua experiência o impulsionavam, como se nota nos “Apontamentos de Crônica” que escreveu no navio Conte Rosso em 23 de abril de 1933, em viagem do Japão para a Europa para participar do capítulo provincial.

“Realizar o objetivo da M.I. e o mais rápido possível, ou seja, conquistar à Imaculada o mundo inteiro e todas as almas que vivem e que viverão até o fim do mundo e, por meio dEla, para o Santíssimo Coração de Jesus.

Além disso, ter cuidado para que nada retire de nenhuma alma o estandarte da Imaculada, mas fazer de tudo para aprofundar incessantemente nas almas o amor à Imaculada, estreitando o vínculo de amor entre as almas e Ela, a fim de que se tornem uma só coisa com Ela, Ela mesma; afim de que Ela mesma viva, ame (atue) nelas e através delas.

Assim como Ela é de Jesus, de Deus, assim cada alma, n’Ela e através d’Ela, se tornará de Jesus, de Deus, ou seja, de uma maneira muito mais perfeita que sem Ela e não for através d’Ela, se isso fosse possível.

Então as almas amarão o Sacratíssimo Coração de Jesus como jamais o tinham amado até aquele momento, já que, como Ela, se imergirão, como até então não o tinham feito, nos mistérios do amor: a Cruz, a Eucaristia. O amor de Deus inflamará, através d’Ela, o mundo, o queimará e então se dará a “assunção” das almas mediante o amor” (SK 991 Q).

Mas em que condições isso vai acontecer?

Tem duas condições, explicava padre Kolbe, e são as seguintes:

“A primeira condição essencial: aqueles que tem o dever de trabalhar devem eles mesmos dar o exemplo... Devem eles mesmos, antes de tudo, pertencer a Ela, aprofundar a sua doação ilimitada a Ela, estreitar o vínculo de amor com Ela, tornar-se Ela mesma, para que Ela possa agir através deles e nas suas almas. Esta é uma condição essencial.

A segunda condição: usar a Medalha Milagrosa. É uma condição “integralis”, complementar (não essencial). Nós a usamos, já que a Imaculada a recomendou e prometeu a sua proteção àqueles que a portarem. E nós temos extrema necessidade desta proteção. A experiência demostra que quando o demônio quer enganar alguém, antes de tudo busca uma maneira de tirar a Medalha Milagrosa. Que potente é a proteção da Imaculada! A Medalha é um sinal exterior da total consagração a Ela.

Mas a Medalha Milagrosa é também uma arma. Prescrevia padre Kolbe... como bom estrategista do reino da Imaculada:

“A medalha da Imaculada seja a arma ou melhor a munição da qual se serve cada milite da Imaculada. Mesmo se alguém é o pior de todos, mas se aceita carregar consigo a medalha milagrosa, é preciso dá-la a ele... rezar por ele e, na hora certa, por meio de uma boa palavra, procurar conduzi-lo gradualmente a amar de todo coração a Mãe Imaculada, a refugiar-se nela em todas as dificuldades e tentações. Há muito mal no mundo, mas lembremos que a Imaculada é mais poderosa e “esmagará a cabeça da serpente infernal” [conf. Gn 3,15].” (SK 1170).

A Medalha Milagrosa deve ser distribuída a todos e em todo lugar:

Distribuir a sua medalha em todo lugar, onde for possível, também às crianças, para que a portem ao pescoço, aos anciãos e sobretudo aos jovens, para que sob a sua proteção tenham as forças suficientes para rechaçar as muitas tentações e insídias que os ameaçam, sobretudo nestes nossos tempos (SK 1122)

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Bibliografia: GERLANDO LENTINE, Massimiliano Maria Kolbe Senza Limiti, Edizioni Messaggeri de Padova Centro P. Kolbe Carini, 1984