Por Padre Antonio Bogaz, Padre Rhodinei Tomazella e Professor João Hansen, da Família de São Luís Orione
Este é um momento de graça, um momento de luz e de grandeza espiritual que vai marcar a história da humanidade.
Esta cena idílica, encravada nos séculos de nossa história, é o arquétipo de tantas cenas de diálogo entre Deus e os fiéis do mundo inteiro, em todos os tempos e em todos os lugares do mundo.
Uma jovem mulher, silenciosa, fiel e humilde, de uma parte; de outra parte, um Deus atento e amável: eis o diálogo de oração mais elevado que se pode imaginar.
Este é o mistério da liturgia da palavra: do infinito de seu amor, Deus comunica sua força e sua beleza à humanidade e, da grandeza de sua humanidade, os fiéis abrem seus corações para os ecos de sua mensagem bondosa.
Desde séculos passados, pelo menos desde os conflitos com os reformadores (século XVI), a Igreja descuidou-se, tristemente, de percorrer as trilhas difíceis da palavra de Deus. Talvez por comodidade, talvez por pirraça, talvez por ignorância, os fiéis católicos deixaram de garimpar os tesouros preciosos da mensagem divina, contidos nas páginas bíblicas.
Por alguns séculos, a Igreja católica deixou seus fiéis distantes da palavra de Deus, deixando seus textos em latim e limitando ao clero os estudos bíblicos. Os fiéis católicos alimentaram sua fé e sua religiosidade em devoções e em práticas religiosas muitas vezes misturadas com superstições e elementos culturais entremeados em magias e em fantasias religiosas.
Não podemos lamentar, simplesmente, pois as devoções populares trouxeram grande riqueza para nossa espiritualidade e para as práticas religiosas de nossas comunidades, distantes dos sacerdotes e dos sacramentos.
Houve seu lado bem positivo, pois estas devoções aprofundaram a vivência de fé de nossa gente mais simples e muitas vezes sustentaram sua religiosidade nas regiões mais afastadas dos centros paroquiais.
No entanto, precisamos reconhecer que em muitas ocasiões estas práticas se realizaram sem uma adequada evangelização e catequese.
Depois do Concílio Vaticano II (1962-1965), nossa Igreja despertou para a grande necessidade de recuperar o valor da sagrada escritura.
A sagrada escritura é a narrativa deste encontro entre Deus e a humanidade, que acontece ao longo de muitos séculos e serve de orientação para nossa espiritualidade atual.
Para recuperar esta grande limitação da espiritualidade dos fiéis, os bispos no Brasil e todos os agentes de pastoral dedicam esforços para devolver a Bíblia ao povo e popularizar a palavra de Deus.
Desde então, a palavra de Deus está mais presente em nossas liturgias, em nossas devoções e na meditação das comunidades.
Podemos ver, em muitas comunidades, uma procissão de fiéis levando a palavra de Deus para os cultos e são muitos os escritos, programas de rádio e televisão dedicados ao estudo da mensagem divina, contida nas páginas bíblicas.
Se compararmos a descoberta da palavra de Deus com a descoberta de uma pérola preciosa para a espiritualidade cristã, devemos reconhecer a palavra de Deus como uma mina de pedras preciosas, que embeleza grandemente a vida dos cristãos, orientando para a vida justa, para a convivência fraterna e para a elevação da espiritualidade.
Como numa garimpagem, é preciso ter a paciência e a sabedoria de separar as verdadeiras pedras preciosas dos entulhos. É preciso, como se faz nas minas, separar o carvão verdadeiro da pirita, que é a escória do carvão, embora possa assemelhar-se ao minério.
Nas páginas bíblicas encontramos imensas profecias, ensinamentos e revelações divinas, mas muitas de suas páginas correspondem ao contexto e às exigências de um período determinado, exigindo um discernimento e uma compreensão mais científica.
O mergulho na palavra de Deus é como uma ação de mineração. A garimpagem deve ser feita com dedicação e fé e suas pedras preciosas – revelações e ensinamentos – devem ser lapidadas para revelar sua beleza mais profunda. Este é uma missão dos ministros e de todos fiéis, pela força do Espírito Santo. Esta é o patrimônio da tradição cristã. Afinal, o Espírito Santo está vivo e continua a reluzir o espírito humano.
Pense em Maria, na cidade de Nazaré, em Belém, em Caná e nas estradas da Palestina. Ela cultivava seu espírito fiel com a força espiritual da Palavra de Deus. Ela tinha o coração voltado para Deus e rezava os Salmos. Ou pelas páginas escritas ou pelas tradições orais, conservava os termos da aliança em seu coração, praticava e ensinava a Jesus menino. Maria rezava os salmos como preces de louvação e de súplica, seguindo a tradição de seu povo.
Com o Novo Testamento, a riqueza dos textos bíblicos ficou infinitamente maior, com novas mensagens e uma visão de Deus misericordioso e libertador.
Confie na mensagem divina, corra abrir a Bíblia e colha pérolas preciosas para embelezar sua vida e elevar sua espiritualidade.
Medite, dialogue, reze e pratique a palavra de Deus. Sua vida ganhará o brilho das pérolas da espiritualidade cristã.
O testemunho da fé de São Maximiliano Maria Kolbe
A Igreja celebra neste dia 14 a memória do santo fundador da Mi, São Maximiliano Maria Kolbe. Ele deu a própria vida para salvar a de um pai de família em um campo de concentração, durante a Segunda Guerra Mundial. Porém, a atitude de padroeiro dos nossos difíceis tempos está além de seu amor pelo próximo. Acesse e venha meditar com a gente!
Maria: ideal de São Maximiliano Kolbe
Entender a Imaculada como acesso a Santíssima Trindade. Foi esse pensamento que São Maximiliano Kolbe colocou no centro de sua espiritualidade e na MI. Entender que Nossa Senhora é o sim que todos devemos dar para o projeto de Deus em nossas vidas. Acesse e medite com a gente sobre essa meta de vida de Kolbe e a herança que ele deixou para a MI!
Apaixonante vida e espiritualidade de São Maximiliano
Pela primeira vez todos os escritos de São Maximiliano Kolbe estão sendo publicados no Brasil. No livro é possível entender a relação do frade com a Imaculada e toda a espiritualidade mariana que ele usou para fundar a Milícia da Imaculada, além de manter vivo o sonho de conquistar o mundo inteiro a Cristo, por meio de Nossa Senhora. Acesse!
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