O dogma da Imacualda Conceição e seus debates
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O dogma da Imacualda Conceição e seus debates

O dogma da Imacualda Conceição e seus debates

Paulo Teixeira

Escrito por Paulo Teixeira

09 OUT 2018 - 11H45 (Atualizada em 14 JAN 2021 - 15H40)

O dogma da Imaculada Conceição de Maria assume certo destaque na teologia e na vida eclesial devido sua complexidade histórica e pelos debates que suscita na teologia, e também no campo pastoral e ecumênico. 


Este dogma tem poucas referências na Bíblia e na Tradição, por isso foi definido somente em 1854 depois de diversas polêmicas. Por meio deste dogma podemos perceber como se desenvolve a consciência na Igreja de suas verdades de fé e como o “sensum fidelium”, ou seja, a indicação dos fiéis, é importante para o crescimento na verdade.

A Imaculada Conceição também é uma solenidade dentro do ciclo litúrgico. Recordada em 8 de dezembro, o título é bem conhecido e ela é padroeira de muitas cidades. Contudo, existem confusões, como por exemplo, achar que a Imaculada Conceição se refere à virgindade perpétua de Maria, ou que ela simbolize a ausência de sexualidade em Maria. Há também os que acreditam que a ausência de pecado em Maria a afaste dos fiéis e a torne uma figura distante.

O debate teológico que envolve a Imaculada Conceição, por vezes, se apresenta como muito complexo. Mais do que um compêndio teológico, o discurso sobre este dogma deve ser positivo e oferecer contribuições para a vida da Igreja.

Em relação ao ecumenismo, muitas vezes a Imaculada Conceição é vista como o ponto de atrito. O protestantismo vê como arriscado uma afrmação de fé com poucas referências na Bíblia. Contudo, este não deve ser um limitador para o diálogo ecumênico, pois pode ser considerado como um ponto diferente entre católicos e protestantes ao invés de um ponto divergente.

Os cristãos ortodoxos olham com restrições à definição do dogma e na forma como foi explicitado por Pio IX. O pensamento de um especial privilégio e da preservação desde o primeiro instante é considerada por parte da ortodoxia como uma ação arbitrária de Deus. Um caminho de diálogo para com o mundo ortodoxo seria o de propor a aceitação de pontos comuns para posteriormente apresentar uma nova fórmula que expresse melhor esta realidade de fé.

Escrito por
Paulo Teixeira
Paulo Teixeira

Jornalista formado na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), atua como editor responsável das revistas O Mílite e Jovem Mílite há mais de quatro anos. É autor do livro "A comunicação na América Latina".

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