Irmão Eder Vasconcelos
franciscano e autor do livro Pedagogia da Alegria (Paulinas Editora)
A pós-modernidade trouxe muitas vantagens em todas as áreas do conhecimento humano. Todavia, com isso se criou uma cultura da hilaridade, enquanto seres humanos continuam vitimados pela tristeza e pelo sofrimento, fruto de um profundo egocentrismo. O ser humano não foi criado para a tristeza, mas para a alegria; não uma alegria compulsória. Alegria é expressão de vivacidade. Onde me sinto vivo, é onde também estou cheio de alegria, cheio de fluidez. Necessitamos despertar uma alegria que dê sabor, gosto a nossa existência. Uma alegria prazerosa.
A Igreja quer e deve ser testemunha da alegria da ressurreição. Ela precisa lançar fora o medo do coração de seus membros e abraçar a alegria, que é exigência e fundamento da existência humana. Temos o dever de recuperar o sentido autêntico da alegria evangélica no interior de nossas comunidades, igrejas e no coração do mundo. Somos discípulos e discípulas do Ressuscitado. Para nós, cristãos, a alegria não é algo secundário, supérfluo, como muitos pessimistas têm propagado. Temos uma certeza: sem alegria não é possível amar, lutar, sonhar, criar ou vivenciar algo grande e belo. Sem alegria é impossível celebrar a fé e a vida.
A alegria é o núcleo de irradiação do Evangelho. Temos que aprender a ser discípulos e discípulas da alegria. Nem todos os dias nos encontramos alegres, mas procurar manter a paz no coração é uma atitude benéfica para nós e, também, para os que convivem conosco. É um exercício humano-espiritual a ser praticado cada dia. O salmista relembra essa experiência, quando canta: “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30,5). Tristeza e alegria fazem parte da vida do ser humano. O mais importante é sempre fazer a travessia da tristeza para a alegria.
A alegria é um direito e um dever do ser humano. Porém, jamais podemos esquecer que hoje milhares de pessoas vivem tristes por inúmeros motivos. É para essas pessoas que nós, cristãos, devemos testemunhar a alegria com a nossa própria vida. Nesse sentido, a pedagogia da alegria almeja nos conduzir para a experiência de uma alegria autêntica que nasce do encontro com Jesus, o Vivente.
Recordo, no final desta reflexão, as palavras que foram atribuídas ao grande místico cristão Francisco de Assis: “Onde houver tristeza, que eu leve a alegria”. Onde houver tristeza, pranto, dor, sofrimento, levemos a nossa alegria, a alegria do Ressuscitado. Fica o conselho: “Onde existir a tristeza, que levemos o coração cheio, pleno, repleto de alegria”.
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