Por Espiritualidade Em Perfume de Francisco

Uma mesma família franciscana

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ORDEM DOS FRADES MENORES

A Primeira Ordem, inicialmente conhecida como Ordem dos Menores (O Min), dividiu-se ao longo dos séculos em três ramos:

Ordem dos Frades Menores Conventuais (OFM Conv).

Ordem dos Frades Menores (cujo nome histórico é Frades Menores Observantes) (OFM).

Ordem dos Frades Menores Capuchinhos (OFM Cap).

Os três ramos formam juntos a grande Família Franciscana dos Frades Menores. A estas três ordens, acrescentam-se a Terceira Ordem Regular (TOR) e as inúmeras congregações masculinas e, sobretudo, femininas que tiveram origem na Ordem Franciscana Secular (OFS).

CONVENTUAIS E OBSERVANTES

No século XIV, embora permanecesse grande a vitalidade da Ordem em termos de apostolado, pregação, missões, etc., os franciscanos não escaparam da decadência das ordens religiosas e da própria Igreja naquele século e no seguinte. Contribuíram para esta decadência o “cativeiro” dos papas em Avignon (1309-1377), a “peste negra” (1348-1350), a guerra dos cem anos e o Cisma do Ocidente (1378-1415).

Na Ordem franciscana, acrescentaram-se ainda a esses fatores, algumas decisões tomadas pelo papa João XXII, em ocasião da assim chamada “controvérsia teórica sobre a pobreza”, que introduziram uma praxe administrativa em conflito com a pobreza franciscana estabelecida por são Francisco na Regra.

O vigor cristão e o vigor da experiência franciscana, porém, são maiores do que qualquer decadência; e foi assim que na Igreja e na Ordem afloraram novos fermentos de vida evangélica franciscana. O movimento mais característico, comum a todas as Ordens religiosas daquele tempo, denominou-se “Observância”.

No âmbito da Ordem franciscana, este movimento apareceu na Itália, no ano de 1368, no eremitério de Brogliano, por obra do frei Paulúcio Trinci de Folinho. Este, com alguns companheiros, decidiu viver seu ideal franciscano de uma forma mais próxima àquelas que ele achava terem sido as origens franciscanas. Pouco tempo mais tarde, de forma semelhante, mas independente, este movimento reformador se repetiu na França e na Espanha (1387-88). Mais tarde surgiram outros grupos de frades “reformados”, tais como os Vilacrecianos, Coletanos, Martinianos, Amadeítas, Guadalupenses.

Em 1415, os Observantes franceses obtiveram aprovação e autonomia sob o nome de “Frades Menores da Observância Regular” no Concílio de Constança. A partir deste momento começou a existir uma dupla hierarquia na Ordem, tendo os Observantes franceses um governo autônomo formado por “vigários” sob a jurisdição do Ministro Geral e dos ministros provinciais da Ordem. Esta aprovação valeu praticamente como aprovação dos Observantes das outras nações. Com isso estava rompida a unidade hierárquica da Ordem.

Neste ano, a nova família franciscana Observante era constituída por cerca de 600 religiosos, distribuídos em 70 eremitérios, sobre cerca de 30.000 frades que compunham a Ordem toda. Eram as origens humildes de um vigoroso movimento que, com grande variedade de grupos e denominações, foi crescendo e se desenvolvendo numa forma de vida e organização própria ao lado da Comunidade Conventual.

As boas relações iniciais entre os conventuais e os Observantes foram se deteriorando por causa da unidade ameaçada e dos conventos e frades forçados a se reformarem. Houve tensões e conflitos. Aqueles que diziam voltar às origens pretendiam ser os únicos intérpretes do ideal franciscano e da autêntica observância da Regra de São Francisco, rotulando os outros de relaxados.

Em 1446, o papa Eugênio IV, com a bula “Ut sacra”, deu total autonomia aos Observantes, criando para eles uma hierarquia própria de Vigário Geral e vigários provinciais. Esta bula praticamente causou a divisão da Ordem, constituída agora por duas famílias franciscanas autônomas, a Conventual e a Observante, com organização distinta de províncias, de legislação interna (Constituições) e de capítulos gerais e provinciais. Para manter um mínimo de unidade na Ordem, estabeleceu-se que os Vigários Observantes recebessem a confirmação do Ministro Geral e dos ministros provinciais Conventuais.

Nestes anos até 1517, a parte majoritária da Ordem, a Conventual, conservou para si, oficial e juridicamente, o nome originário de “Ordem dos frades Menores”, cuja abreviação era O Min – Ordo Minorum e não OFM, ainda que a partir das primeiras décadas de 1400 fosse popularmente identificada com o nome de Conventual para distingui-la da família Observante e de outras famílias reformadas. É bom lembrar que os conventuais ao longo da história foram também chamados, e por vezes ainda o são, de frades da Comunidade na Itália e na historiografia; Cordeliers, na França; Claustrais, na Espanha; Minoritas, na Alemanha; Franciscanos, na Polônia; Grey Friars (frades de cinza), na Inglaterra.

A divisão dos franciscanos em conventuais e observantes criava tensões frequentes na Ordem, na Igreja e na sociedade civil. De nada valeram as tentativas de união promovidas pelos papas, ministros e vigários gerais. Todas elas esbarraram na recusa, ora de um lado, ora de outro da contenda. Surgiram pressões, inclusive interesseiras, por parte do poder político e eclesiástico. Então o papa Leão X convocou um Capítulo “Generalíssimo” para Pentecostes de 1517.

Diante da recusa dos Observantes em unir-se e submeter-se a ministros não reformados e diante da firme declaração dos Conventuais sobre a legitimidade de seu estilo de vida franciscana, o papa estabeleceu com a bula “Ite vos” (29/05/1517), a unificação de todos os grupos reformados sob um único Ministro Geral reformado, com o nome de Frades Menores, com ou sem o acréscimo “da Observância Regular”, que de fato foi preferido, com a sigla OFMObs. A bula transformava os vigários provinciais em Ministros, com poder e direito de eleger o Ministro Geral, poder e direito que exerceram a 1º de junho de 1517, elegendo seu primeiro Ministro Geral.

No dia seguinte, os Ministros Conventuais elegeram o seu 44º Ministro Geral. A bula “Ite vos”, porém, estabelecia que os superiores Conventuais, com o título de Mestres, recebessem a confirmação dos Ministros Observantes; o que colocava em dúvida a real autonomia dos Conventuais. Dez dias mais tarde, uma nova bula – “Omnipotens Deus” (12/06/1517) – reconhecia plenamente a autonomia dos Conventuais; tal reconhecimento foi se confirmando na história, pois o título de Mestre não vingou e a confirmação de Ministros Gerais Conventuais por parte de Ministros Observantes nunca ocorreu, dando-a sempre o papa pessoalmente. Contudo, por estes acontecimentos, os Conventuais perderam a representação oficial da Ordem em favor dos Observantes.

Ficava assim definida a divisão da Ordem Franciscana em duas grandes famílias, a Observante e a Conventual. A elas mais tarde se acrescentará a terceira: a dos Capuchinhos.

OS FRANCISCANOS OBSERVANTES

Se, de um lado, os acontecimentos de 1517 resolveram para sempre o problema entre Conventuais e Observantes, não alcançaram, por outro, o outro objetivo desejado, a saber, a unidade entre os vários grupos reformados. A mesma problemática sobre a observância regular e a mesma busca do ideal das origens, levou os Observantes à divisão em quatro famílias franciscanas, gerando mais três famílias ao lado da OFMObs:

- na Itália, em 1532, começaram a se separar os Frades Menores Reformados ou “da mais estrita observância” (OFMRef);

- nos países ibéricos, algumas custódias e províncias, já reformadas antes de 1517 que tinham permanecido de fato autônomas sob a liderança de São Pedro de Alcântara, agruparam-se e deram origem aos Frades Menores Descalços ou Alcantarinos (OFMAlc);

- na França, em 1579, surgiram os Frades Menores Recoletos (OFMRec).

Cada uma dessas famílias se difundiu pela Europa e suas colônias, permanecendo unidas juridicamente sob um único Ministro Geral Observante, tendo, porém, estrutura hierárquica (ministros), organizacional (províncias e custódias) e legislativa (constituições) próprias.

Em 1897, após a grave crise provocada pelas supressões regalistas, napoleônicas e liberais no fim do século XVIII e no século XIX, marcadamente reduzidas em número, as quatro famílias foram unificadas pelo papa Leão XIII em uma única, sob o nome de Ordem dos frades Menores, dando origem à sigla moderna OFM, pela bula “Felicitate quaedam” (04/10/1897). Atualmente, esta família franciscana conta com aproximadamente 14.200 frades espalhados por 110 países.

OS FRANCISCANOS CAPUCHINHOS

A eterna luta entre o ideal franciscano de pobreza e sua interpretação conduziu ao surgimento de mais uma família franciscana: a dos Frades Menores Capuchinhos (OFMCap). Em 1525, frei Mateus de Bascio e, pouco mais tarde, os irmãos frei Ludovico e frei Rafael de Fossombrone deram origem ao primeiro núcleo capuchinho, ao se retirarem para uma vida eremítica a fim de observarem mais estritamente a Regra e o Testamento de São Francisco. Perseguidos pelos seus ministros provinciais observantes, após não poucas vicissitudes, conseguiram do papa Clemente VII a bula “Religionis zelus” (03/07/1528), que os tornava autônomos em relação aos Observantes e os colocava sob a proteção do Ministro Geral dos Conventuais.

Eles usavam um hábito marrom, com capuz em forma cônica e alongada, donde o nome popular de Capuchinhos. A nova família cresceu rapidamente em santidade, em trabalho apostólico e em número, tanto que, a partir de 1619, passaram a ter um Ministro Geral próprio, legítimo sucessor de São Francisco. Atualmente a família capuchinha conta com mais ou menos 10 mil frades espalhados por 90 países.

OS FRANCISCANOS CONVENTUAIS

Após a bula “Ite vos” de 1517, a Ordem dos Frades Menores Conventuais enfrentou grandes provações e muitas ameaças de supressão, ameaças estas que se tornaram dura realidade na Espanha, Portugal e nas respectivas colônias. Na França e na Itália muitos conventos e frades foram “reformados” à força e incorporados aos Observantes, enquanto outros foram suprimidos. A própria sobrevivência da Ordem foi ameaçada. Nos países que caíram sob a influência do luteranismo, calvinismo, anglicanismo e dos turcos, muitos frades deram a vida pela fé católica. Em 1648, na Polônia, pereceram 57 frades pelas mãos dos cossacos e dos tártaros, e outros 15 foram martirizados em 1657 na erupção dos protestantes suecos.

Diante do protestantismo não faltaram entre os Conventuais valiosos defensores da ortodoxia católica, como frei João Pauli, frei Tomás Murner e frei Henrique Solleysen; na Inglaterra, se destacaram por zelo o escocês frei Guilherme Thompson e frei Luís de Liége. No norte da França, os Conventuais de Estrasburgo destacaram-se pela intensa atividade restauradora da fé católica naquela região, ajudados pelos seus irmãos italianos. A Ordem Franciscana Conventual, contudo, não perdeu sua vitalidade. Os esforços de renovação dos capítulos gerais e os excelentes ministros gerais conseguiram uma profunda renovação da Ordem e levaram-na a um grau exemplar de vivência do Espírito e da Regra franciscana. Este empenho foi codificado nas “Constituições Urbanas”, ponto de chegada de um longo caminho para o qual se empenharam ministros gerais de renome tais como frei Antônio Fera, frei Evangelista Pellei, frei Felipe Gesualdi e frei Tiago Montanari. Assim, ao bom nome da Ordem no campo dos estudos eclesiásticos, humanísticos e científicos, orientados por esta sábia e eficaz codificação do espírito franciscano, foram-se acrescentando novos frutos de santidade, com São José de Copertino (†1663), São Francisco Antônio Fasani (†1742), os bem-aventurados Antônio Lucci, Rafael Kilinski, Boaventura de Potenza e os mártires da revolução francesa, bem-aventurados João Francisco Burté (†1792) e João Batista Triquerie (†1794).

Entre os ramos franciscanos, foram os Conventuais que levaram mais a sério o cultivo dos estudos. Nunca manifestaram aquela prevenção receosa própria dos reformados. O cultivo intelectual era talvez a primeira de suas ocupações a serviço da Igreja. Para exemplificar o peso cultural da Ordem na Igreja nos séculos passados, basta lembrar que os Conventuais presentes em algumas das etapas do Concílio de Trento, eram 62. Devido a esse prestígio cultural, a Santa Sé lançou mão com frequência dos Conventuais para cargos de singular importância e teve prazer em elevá-los às primeiras dignidades hierárquicas. O papa Sisto V (1585-90), a quem a história negou o título de “Grande”, e Clemente XIV (1769-74) foram conventuais. Conventuais também os grandes teólogos frei Bartolomeu Mastrio e frei Boaventura Belluto, que sistematizaram o pensamento filosófico e teológico de Duns Scoto.

Para atender os fiéis que frequentavam suas igrejas localizadas nos centros das cidades (diferentemente das demais famílias franciscanas que preferiam os lugares afastados), os Franciscanos Conventuais tornaram seus conventos verdadeiros centros de espiritualidade e de cultura, aprimorando o aconselhamento espiritual e a confissão, escrevendo inclusive obras notáveis de espiritualidade; nisso se destacaram frei Antônio de Matélica, frei André Verna, fei Felipe Gesualdi e frei Casimiro Libório Tempesti. A competência pastoral desses frades mereceu que lhes fosse confiado o ofício de confessores apostólicos na Basílica de São Pedro em Roma, o que dura até hoje.

A lida direta na pastoral tornava os frades sensíveis e solidários aos sofrimentos do povo; engajaram-se assim na divulgação dos montepios, assistência aos enfermos em suas casas e nos hospitais, presença nos cárceres e assistência religiosa durante as epidemias, muitos deles dando a própria vida.

Mas era a pregação que recebia suas maiores atenções; o mais renomado pregador conventual foi Cornélio Musso, o orador mais destacado do Concílio de Trento; seus contemporâneos, e não menores em eloquência, foram frei Francisco Visdomini e frei Frederico Pellegrini. No século XVIII, frei José Platina conseguiu fama universal, ainda não esquecida; entre suas publicações destacam-se, além dos sermões, cinco tomos de “Retórica” e dois tratados sobre a eloquência sacra. Frei Francisco Antônio Gervasi também foi famoso e de grande aceitação nas cortes italianas.

Excluídos da participação na evangelização do Novo Mundo (América e outras regiões), substituídos pelos Observantes nas missões da Terra Santa por decreto papal, os Frades Menores Conventuais orientaram seu zelo missionário para os cristãos do Oriente, onde o povo católico era ameaçado pela expansão dos ortodoxos russos ou pelos muçulmanos turcos; este campo de trabalho tornou-se quase que exclusivo dos Conventuais.

As missões Conventuais entraram assim em um período de grande vitalidade na Rússia, na Lituânia, na Boêmia, na Silésia e Morávia, na Hungria, na Transilvânia, nos reinos da Moldávia, Valáquia e Bulgária, na Grécia, em Constantinopla e na Mesopotâmia (Iraque). O trabalho nesses territórios consistia, antes de tudo, na assistência pastoral aos pequenos grupos de católicos por ali dispersos. Os missionários construíam igrejas e capelas, organizavam escolas, imprimiam gramáticas, dicionários, catecismos e livros de devoção e cultura religiosa nas línguas nativas. Neste serviço pastoral e cultural, distinguiram-se frei Gaspar de Noto e frei Vito Piluzzi com seus respectivos catecismos escritos em 1644 e 1677. A essa tarefa pastoral interna unia-se a luta contra a expansão protestante. Conseguiram neste particular, alguns êxitos notáveis, como a deposição do patriarca grego de Constantinopla, Cirilo Lukaris (1638), fortemente influenciado pelos calvinistas, a conversão à fé católica do príncipe moldávio Radu Minhea e a união dos armênios com a Igreja Católica.

Entre os conventuais foi intenso o cultivo das ciências físicas e matemáticas, com frei Lucas Pacioli, eminente matemático, colaborador de Leonardo da Vinci; frei Hilário Altobelli, cientista, amigo de Galilei; frei Vicente Coronelli, talento enciclopédico, que escreveu sobre história, geografia, cosmografia e frei Francisco André Bernabei, autor de um bom número de livros sobre cosmografia, geografia, aritmética e agricultura.

O estudo da história franciscana foi outra manifestação do empenho cultural da Ordem, a ponto de dar origem àquela “escola histórica” que mereceu os elogios de Paul Sabatier; de fato, homens de grande competência, quais sejam frei Ubaldo Tebaldi, frei João Jacinto Sbaraglia, frei Nicolau Paini e outros, foram os primeiros a se aproximar criticamente das Fontes Franciscanas e a elaborar mais adequadamente o conhecimento histórico do franciscanismo.

No campo das belas artes foram numerosos os Conventuais que cultivaram a literatura, destacando-se os poetas frei Baltazar Paglia de Caltagirone, frei Guilherme dela Valle, frei Francisco Villardi e outros. Foi, porém, a música a arte em que os Conventuais mais se destacaram. São conhecidos na história os corais conventuais de Pádua, Veneza, Assis, Milão, Bolonha e Roma, com diretores e compositores do porte de frei Constâncio Porta, frei Jerônimo Diruta, frei Francisco Maria Angeli e, sobretudo, o grande frei João Batista Martini, talvez o mais eminente compositor italiano do século XVIII e certamente o mais erudito musicólogo de seu tempo; a ele se deve a primeira história universal da música; gozou de fama mundial e teve inúmeros discípulos dentro e fora da Ordem, entre eles Estanislau Mattei, mestre de Joaquim Rossini. É interminável a lista dos Conventuais que figuram em quase todas as cidades italianas como mestres de capela ou organistas. Aos italianos deve juntar-se o nome de frei Boleslau Czernohorski (Boêmia) e de seu discípulo frei Restituto Fiedler.

Um fato notável para a Ordem franciscana toda aconteceu durante o pontificado do papa conventual Clemente XIV: as oito províncias observantes da França pediram para unir-se, ou melhor, reunir-se aos Franciscanos Conventuais, o que aconteceu em 1771.

Uma violenta tempestade, porém, esperava as Ordens religiosas no fim do século XVIII e durante o século XIX: as supressões por parte dos reis, as supressões napoleônicas e liberais. Elas atingiram de forma particularmente intensa a Ordem dos Frades Menores Conventuais. Seus espaçosos conventos nos centros das cidades eram cobiçados pelo Estado confiscador. O número de religiosos se reduziu ao extremo. Também o Sacro Convento de Assis e o Convento de Santo Antônio em Pádua, onde repousam respectivamente os corpos de São Francisco e de Santo Antônio, foram suprimidos. Mas o pai São Francisco e o glorioso Santo Antônio não permitiram que suas basílicas lhes fossem tiradas e, ainda hoje, os Franciscanos Conventuais têm a alegria e a satisfação de serem os guardiães de tão preciosas relíquias.

Após a tempestade, cultivando as raízes franciscanas, cultuando a memória dos Santos Padres Franciscanos, defendendo-os inclusive das afirmações preconceituosas da historiografia moderna, abençoados por eles, os Franciscanos Conventuais empreenderam um vigoroso caminho de ressurgimento e crescimento.

Diversos acontecimentos contribuíram para esta retomada, entre eles a descoberta do corpo de São Francisco sob o altar-mor da Basílica Inferior de Assis em 1818. Igrejas e conventos foram novamente abertos em todas as províncias; nos Estados Unidos teve início uma nova missão por parte dos frades alemães da Baviera (Texas, 1854). Após séculos de supressões, os Franciscanos Conventuais voltaram à Espanha e à Inglaterra; foram abertos os seminários menores; novo fervor missionário tomou conta da Ordem toda. Foi assim que a Ordem, reduzida quase que exclusivamente à Europa, voltou a ser universal, difundindo-se por todos os continentes.

Hoje os Franciscanos Conventuais são cerca de 4.200 frades presentes em 65 países dos cinco continentes e é a única das famílias franciscanas em crescimento numérico nestes últimos anos.

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