Por Espiritualidade Em Santos

São Sebastião

São Sebastião adquiriu sua santidade através de cinco moedas: com a pobreza adquiriu o Reino dos Céus; com a dor, a alegria divina; com o trabalho adquiriu, o repouso em Deus; com a humilhação, a glória; com a morte, a verdadeira vida



20.01 São Sebastião


Leandro de Aguiar e Sandra Canabarro

São Sebastião foi um valoroso soldado, perfeito cristão e viveu em um dos períodos mais sangrentos da história de perseguição aos cristãos: a época dos imperadores Diocleciano e Maximiano. Esses dois imperadores estão entre os maiores perseguidores de cristãos de todos os tempos e, mesmo tendo tão grande honra entre eles, São Sebastião não deixava de encorajar os mártires em seus últimos momentos, a fim de não perderem a gloriosa coroa do martírio.

Conta-se que, certa vez, dois irmãos gêmeos foram condenados à morte por serem cristãos e não aceitaram queimar incenso aos deuses pagãos, eram eles Marcos e Marceliano, e, estando já no palco de suas mortes, eis que chegam seus pais, suas esposas com seus filhinhos ao colo e começam a chorar e se lamentar, usando de todas as palavras amáveis para dissuadir os futuros mártires a descerem de seus “calvários” a fim de conservarem a vida. Contra argumentos de amor fica difícil resistir, até o ponto em que seus corações começaram a amolecer.

É aqui que começa um dos capítulos mais lindos da história de São Sebastião que, mesmo estando naquele lugar a serviço dos imperadores, tratou logo de lembrar os futuros mártires do motivo pelo qual estavam sendo condenados, a quem estariam louvando com o derramamento de sangue, que não estariam morrendo, mas preparando uma morada melhor para aqueles mesmos que queriam suas mortes, onde a traça e a ferrugem não chegam: a morada eterna junto de Deus.

São Sebastião, cercado de uma luz que descia do céu, falou com tamanho amor aos presentes, encorajando e indicando o caminho do céu não só aos futuros mártires, mas também aos pais, esposas e filhos destes e toda uma multidão que os cercava, que logo todos estavam convertidos, e os mártires então puderam seguir seu caminho ao encontro com a verdadeira vida, e diante da ordem dada pelo prefeito local que lhes dizia: “Renunciem a essa loucura e serão libertados”, os dois mártires só puderam dizer: “Nunca fomos mais bem tratados”, indicando assim que o que estava para acontecer era antes um favor a eles, que preferiam o paraíso.

Ao saber que um de seus principais funcionários fora ouvido encorajando cristãos, os dois imperadores, que governavam juntos naquela época, ficaram furiosos, e em momento de grande raiva condenaram São Sebastião a sofrer amarrado em um tronco, ordenaram que lhe atirassem tantas flechas, que ele ficou parecendo um porco espinho.

Seus algozes julgaram que estivesse morto e foram embora, porém, alguns dias depois, ele apareceu nas escadarias do palácio criticando os imperadores por infligirem tamanho mal aos cristãos. Os imperadores então mandaram maltratar São Sebastião com varas e açoites até a morte, e assim nosso santo foi ao encontro definitivo de seu Criador.

Durante sua vida, São Sebastião foi canal de muitos milagres, sendo um deles a conversão do prefeito Cromácio que estava muito doente e, ao ouvir que São Sebastião era amigo de Deus, pediu que o levassem até ele. Diante do prefeito, São Sebastião disse que para ficar curado ele deveria quebrar e sumir com todos os seus ídolos e, se assim fizesse, nosso Senhor Jesus Cristo o iria curar.

A cura veio de forma tão brilhante que tanto o prefeito quanto seu filho, que se tornou santo (São Tibúrcio), e mais 400 pessoas de sua família se converteram ao cristianismo. São Sebastião, hoje, nos convida a recebermos a cura de nossas vidas, destruindo os ídolos que nos escravizam, sejam eles quais forem. Fica o grande chamado a mim e a ti, direto do Céu, a jogarmos fora tudo quanto está tomando o lugar de Deus em nossas vidas. Esse desafio foi lançado por São Sebastião também a mim e a você.

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