Nasceu em 1869, na África, mais precisamente no Sudão, na região de Darfur. Ainda jovem, aos 21 anos, foi sequestrada e vendida a comerciantes de escravos. Nesta ocasião recebeu o nome de Bakhita, que significa graciosa. Ela foi vendida ao Cônsul da Itália no Sudão, Calisto Legnani, que logo a libertou e remunerou pelo trabalho em sua casa. Assim, quando seu patrão regressou à Itália, ela decidiu acompanhá-lo.
Chegando a Veneza, tornou-se babá da filha de um casal da cidade. Foi por acaso que, lá em Veneza, conheceu a congregação das filhas da caridade de Santa Madalena de Canossa, chamadas de canossianas. Tendo criado um contato mais intenso com elas, pediu para fazer parte da congregação. Foi então batizada e recebeu o nome de Josefina. Recebeu também os demais sacramentos de iniciação cristã. Em 8 de dezembro de 1896, ingressou nas fileiras das irmãs canossianas, acolhida com o nome de Irmã Josefina.
Como freira, destacou-se pela vida de oração e de serviço humilde aos necessitados. Viveu sua vida religiosa de modo exemplar nos vários conventos da congregação por 50 anos, com alegria e dedicação. Ficou famosa sua frase: "Ao comparecer diante de Deus, vou com duas malas: uma contém meus pecados e outra, bem mais pesada, contém os méritos infinitos de Jesus Cristo".
Faleceu no convento de Schio, perto de Vicenza, na Itália, aos 78 anos de vida. Foi beatificada em 1992 pelo Papa João Paulo II e também canonizada pelo mesmo Papa em outubro do ano 2000. Recebeu o título de Irmã Universal porque inspira todos a lutar pela igualdade racial. É, sem dúvida, a santa da esperança porque, superando os sofrimentos causados pela escravidão, soube vencer todas as barreiras e servir a Deus e ao próximo com grande generosidade.
Santa Josefina Bakhita, rogai a Deus por nós!
Fonte: O Mílite
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