Por Paulo Teixeira Em São Maximiliano Kolbe

Cavaleiro da Imaculada: um século da primeira publicação da MI'

Há 100 anos São Maximiliano Kolbe dava o primeiro passo de evangelização desta obra de amor

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O jovem sacerdote Frei Maximiliano Kolbe concluiu os estudos em Roma em 1919 e retornou para sua pátria, a Polônia. Passou os primeiros anos de seu ministério sacerdotal em Cracóvia, e por mais de um ano ficou internado para cuidar da tuberculose. A Milícia da Imaculada floresceu entre os frades e no coração de Kolbe, nesses anos. Das flores mais bonitas que brotaram, podemos destacar as revistas e os jornais. A primeira publicação, iniciada em janeiro de 1922, intitulava-se O Cavaleiro da Imaculada, em polonês, Rycerz Niepokalanej.

Os 5 mil exemplares da revista sobre espiritualidade e doutrina foram um sucesso. O Papa Pio XI enviou uma bênção, em 1926, para a publicação; e, em 1927, foi fundado um complexo que continha convento, gráfica e casa editorial, chamado de Cidade da Imaculada. A revista que Kolbe lançou não tinha o intuito de ser um produto no aquecido mercado editorial da época, mas tinha uma clara razão de existir. “O objetivo do Rycerz Niepokalanej não é só aprofundar e reforçar a fé, indicar a autêntica via ascética e apresentar aos fiéis a mística cristã, mas também, segundo os princípios da Milícia da Imaculada, empenhar-se na obra de conversão dos não católicos” (Escritos de São Maximiliano Kolbe, 994).

Foram muitas dificuldades enfrentados por Kolbe no início. A falta de recursos, os altos custos de matéria prima, os desafios de montar o maquinário e operar a gráfica dia e noite com os freis, e a tuberculose que limitava as forças de Kolbe. Mas nenhuma dificuldade era maior do que o desejo autêntico de evangelizar. “Queremos fazer com que a revista mensal Rycerz Niepokalanej entre verdadeiramente em cada casa, sob todo teto de palha, em cada oficina e escritório, para que todos amem a Imaculada com todo o coração e conheçam sempre mais as sublimes verdades da fé” (EK 1106).

Em uma das cartas que escreveu para seu irmão, também franciscano, Frei Afonso, São Maximiliano expressou seus sentimentos de humildade e o reconhecimento da Imaculada como inspiradora e guia de todo o trabalho. “Querido Irmão! Às vezes, eu mesmo me espantava pelo fato de, apesar da minha grande ignorância, dos erros, das faltas de cortesia, das debilidades e de tantas, tantas outras dificuldades, o Rycerz existir ainda e até crescer muito mais do que outras revistas. Às vezes, parava diante da porta da sala de máquinas e me perguntava: “Donde veio tudo isto?”. Mas apenas elevava o olhar, tinha a resposta diante dos olhos: da Imaculada. Ela demonstra o que sabe fazer. Quanto maior é a nossa incapacidade e mais difícil superar os obstáculos, tanto mais se demonstra que Ela sozinha faz tudo. Neste reconhecimento está a fonte da excepcional possibilidade do progresso do nosso complexo (EK 137).

Fonte: O Mílite

Escrito por
Paulo Teixeira
Paulo Teixeira

Jornalista formado na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), atua como editor responsável das revistas O Mílite e Jovem Mílite há mais de quatro anos. É autor do livro "A comunicação na América Latina".

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