São Maximiliano: modelo de entrega a Deus
E é isso o que fazia ele mesmo, padre Kolbe, que difundindo no mundo inteiro o reino da Imaculada contribuía muito para suscitar nos homens um grande amor por Deus e pelo próximo; isso ele confirmou, mesmo quando foi convidado a comparecer perante o oficial alemão do distrito de Sochaczew nos primeiros meses da ocupação nazista; para o qual, além disso, escreveu uma carta, não podendo ir pessoalmente porque estava doente e obrigado a ficar de cama:
“A Santíssima Virgem Maria não é uma fábula ou uma lenda, mas um ser que vive e ama cada um de nós, mas que não é suficientemente conhecida nem o seu amor devidamente correspondido; consequentemente é necessário proclamar por toda a parte a Sua amorosa atividade e isto pode ser realizado muito bem através da revista.
Enfim, gostaria de destacar que não sinto ódio por ninguém sobre esta terra. A substância do meu ideal encontra-se nas publicações anexas.Tudo o que emerge dessas é meu; por este ideal desejo trabalhar sempre, sofrer e até oferecer em sacrifício também a vida, e tudo o que é contrário a esse ideal não é meu, mas provêm de fora e por isso, segundo as minhas possibilidades, o combati, o combato e o combaterei sempre.
Para constatar pessoalmente se no convento reina uma atmosfera de ódio por quem quer que seja, o melhor seria vir aqui nos visitar, acompanhado talvez do senhor Comissário de polícia” (SK 884).
Portanto nem o ódio pelos inimigos, aliás um grande amor para conquista-los ao amor de Deus; o que pressupunha um clima de caridade dentro do convento-cidade da Imaculada exatamente como o nosso santo havia idealizado, realizado e cultivado. Ele escreveu ao frade Rocco Frejlich, missionário em Nagasaki:
“A essência do amor recíproco não consiste no fato de que ninguém nos cause desgostos – o que é impossível vivendo com outras pessoas – mas em que aprendamos a perdoar-nos uns aos outros de modo cada vez mais perfeito, imediatamente e completamente. Então recitaremos com grande confiança a invocação contida no “Pai nosso”: Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido (Mt 6,12). Seria um verdadeiro problema se tivéssemos pouco ou nada para perdoar aos outros.
Confiemos, pois na Divina Providência, na vontade da Imaculada e estejamos seguros que Deus permite tudo em vista de um bem maior.
Que a obediência sobrenatural se aperfeiçoe em nós cada vez mais; então a paz e a felicidade se aprofundaram.
A fonte da felicidade e da paz não está fora, mas dentro de nós. Saibamos tirar proveito de tudo para exercitar nossa alma na paciência, a humildade, a obediência, a pobreza e as outras virtudes da vida religiosa e as cruzes não serão tão pesadas.
No mais, nós proclamamos que através da Imaculada podemos tudo: demonstremo-lo, portanto, com a ação. Coloquemos Nela a nossa confiança, rezemos e vamos em frente na vida com tranquilidade e serenidade” (SK 935).
Bibliografia: GERLANDO LENTINE, Massimiliano Maria KolbeSenzaLimiti, EdizioniMessaggeri de Padova Centro P. KolbeCarini, 1984
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.