Por Espiritualidade Em São Maximiliano Kolbe Atualizada em 13 AGO 2019 - 14H52

Itinerário Espiritual de São Maximiliano - Escrito #4

O GÊNIO E O SANTO


Arquivo MI
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“Padre Kolbe foi um polonês dotado de grandes talentos: versado sobretudo nas ciências matemáticas e na filosofia; dotado, portanto, de acurada inteligência e de uma lógica capaz de vencer todas as dificuldades e chegar à verdade com uma segurança extraordinária. Deixando-se guiar e iluminar pelo Espírito Santo, colocando-se generosamente e decididamente a serviço de Deus e da Imaculada, soube eliminar todas as diferenças entre o gênio e o santo, soube ser verdadeiramente um gênio-santo.

Com isso, ele parecia querer afirmar uma exigência da humanidade de todos os tempos, e em particular nos nossos quando o progresso científico e tecnológico chegou a um estágio que, se não surgirem gênios que sejam também santos, poderemos muito em breve nos aproximar de uma catástrofe que poderia assinalar o fim da história.

A salvação da humanidade, também histórica e terrena, está em Cristo e na sua Igreja, a qual sabe valorizar as capacidades racionais do homem para que se encaminhe sobre o caminho da fé digno dele: e padre Kolbe foi um grande pensador; teve confiança no homem que, apesar do pecado original, por graça de Deus, continua a ter, se quiser, a possibilidade de alcançar as verdades essenciais pra reconhecer-se e salvar-se”.[1]

Padre Kolbe escreveu:

“Todo santo é um grande homem, mas nem todo grande homem foi ao mesmo tempo um santo, mesmo se em muitas ocasiões prestou grandes serviços à humanidade. Entretanto, existe entre eles uma certa semelhança. Deixo de lado agora os personagens famosos pelo bem que acumularam, os que devem sua fama à sua força física, ou aqueles catalogados como “grandes” na memória da humanidade, ainda que tenham sido malfeitores ou criminosos.

Não falo deles, ainda que às vezes competem entre si com maquinações delituosas com o objetivo de se tornarem famosos”.
(Escrito 1004)

Características comuns ao gênio e ao santo O gênio e o santo têm muitas características em comum.

Eles sobressaem acima do ambiente que os rodeia, atraem involuntariamente sobre si a atenção dos outros, sendo pessoas fora do comum. Ambos se propuseram objetivos de dimensões insólitas e, confiando abundantemente em dons da natureza ou de graça, tendem a conseguir essas intenções passando através dos espinhos e todos os tipos de obstáculos e de dificuldade. O seu caminho se torna difícil não só por causa de pessoas invejosas, mas às vezes também pelos amigos, mesmo com boa fé. Toda vez que querem alcançar o cume desejado, ou simplesmente aproximar-se efetivamente disso, ambos encontram os imitadores, que, com o olhar fixo neles e com resultados mais ou menos satisfatórios, procuram segui-los em um novo caminho. E a recordação de um santo, como também de um gênio, passa de geração em geração. A história nos apresenta pessoas que foram contemporaneamente santos e gênios, como São Paulo, Santo Agostinho, São Tomás, São Gregório Magno e muitos outros.

Entre estes últimos não podemos deixar de incluir, é claro, o próprio São Maximiliano Maria Kolbe, que foi ao mesmo tempo santo e gênio.


Fonte: GERLANDO LENTINE, Massimiliano Maria Kolbe Senza Limiti, Edizioni Messaggeri de Padova Centro P. Kolbe Carini, 1984.

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