A consagração à Imaculada vivida e comunicada por Padre Kolbe se pode definir como uma “oferta total de si mesmo num espírito permanente de vítima com intenções apostólicas”.
Por Espiritualidade Em São Maximiliano Kolbe Atualizada em 15 OUT 2020 - 17H27

Oferta total à Imaculada

A consagração à Imaculada vivida e comunicada por Padre Kolbe se pode definir como uma “oferta total de si mesmo num espírito permanente de vítima com intenções apostólicas”.

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Medalha Milagrosa


Por Padre Luigi Faccenda, Franciscano Menor Conventual

A consagração à Imaculada vivida e comunicada por Padre Kolbe se pode definir como uma “oferta total de si mesmo num espírito permanente de vítima com intenções apostólicas”. Leiamos com atenção este seu escrito de 1919: “Existem tantas almas transviadas, enganadas, sedentas, infelizes, escravas do demônio que gemem e não são capazes sem ao menos de reconhecer a própria miséria e estupidez” (EK 31). 

Por isso Jesus e a Imaculada desejam, através de nós, estender a mão a “estes miseráveis”, tornando-se guia de muitas almas, para conduzi-las todas a Deus e à salvação eterna. “Bela missão, pela qual vale a pena viver, sofrer, trabalhar e também morrer (queira o céu que seja como mártir). Assim vivendo, nos santificaremos também nós, seremos como as vítimas consumadas pelo ardor do amor sempre operosos”(EK 31).

Aquele “viver, trabalhar, sofrer e também morrer” não contêm talvez as notas essenciais que constituem a Igreja? São eles:

  • Liturgia: oração;
  • Comunhão: amor;
  • Diaconato: serviço;
  • Martírio: testemunho.

A mesma expressão nos envia também aos quatro elementos que formam a verdadeira e genuína identidade do cristão:

- ter: uma vida consagrada a Cristo mediante o Batismo

- viver: a autenticidade da vida cristã, mediante a observância dos dez mandamentos, das Benaventuranças e dos ensinamentos da Igreja;

- testemunhar: a própria fé através da santidade das ações, como conseqüência e fruto do amor total a Deus e aos irmãos;

- operar: evangelizar, estendendo a mão a todos, sofrendo com aqueles que sofrem, renegando cada dia a si mesmo, o próprio “eu”, dando a vida a exemplo do Mestre.

À luz dos escritos e da vida de São Maximiliano Kolbe, procuraremos ilustrar como se pode realizar a consagração à Imaculada na vida de cada dia e de que modo a presença de Maria deve refletir na vida cotidiana de cada discípulo de Cristo. Estamos conscientes de não poder exaurir toda a riqueza espiritual doutrinal do nosso apóstolo mariano. Todavia confiemos que a sua intercessão, a mediação de Maria e a potência do Espírito Santo nos guiarão àqueles cumes de santidade que são em proporção à nossa atitude de escuta, de disponibilidade e de generosidade interior.

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