Por Espiritualidade Em São Maximiliano Kolbe Atualizada em 13 AGO 2019 - 14H54

Quem ousaria supor?

São Maximiliano contempla a Obra da Criação




São Maximiliano se admirava em ver tanta bondade de Deus quando contemplava a criação e, como místico e contemplativo, se espantava com tantas graças recebidas através do Amor criativo de Deus. É impossível ficar insensível a esta reflexão que contempla desde a criação, o amor Redentor que custou a Jesus Seu sangue, e a Eucaristia. Temos, hoje, o privilégio de partilhar suas surpresas, descobertas, riquezas e alegrias.

Quem ousaria supor que Tu, ó Deus infinito e eterno, me amaste há séculos, ou melhor, dizendo, antes dos séculos? Tu, de fato, me amas desde o momento no qual existes como Deus, em consequência, me amaste e me amarás sempre!... Embora eu ainda não existisse, Tu já me amavas, e justamente pelo fato de que me amavas, ó bom Deus, me chamaste do nada à existência!...

Para mim criaste os céus repletos de estrelas, para mim criaste a terra, os mares, os montes, os rios e tantas, tantas coisas belas que existem sobre a terra...

Mas, isto não bastava: para mostrar-me de perto que me amavas com muita ternura, desceste do céu, das mais puras delícias do Paraíso para esta terra enlameada e plena de lágrimas, viveste em meio a pobreza, aos trabalhos e aos sofrimentos; e no fim, desprezado e escarnecido, quiseste ser suspenso dolorosamente no infame patíbulo em meio a dois ladrões... Ó Deus de amor, me remiste desta forma terrível mas generosa!

Quem ousaria supor?

Tu, ainda, não te contentaste com isto, mas, ao ver que passariam dezenove séculos desde o momento em que estas demonstrações do teu amor até que eu aparecesse na terra, encontraste uma solução também para isto! O teu Coração não permitiu que eu me nutrisse unicamente das lembranças do teu imenso amor.

Permaneceste nesta desprezível terra no Santíssimo e admirável Sacramento do altar e agora vens a mim e te unes estreitamente comigo sob a forma de alimento...

O teu Sangue já corre no meu sangue, tua Alma, ó Deus encarnado, se compenetra com a minha alma, fortalecendo-a e alimentando-a.

Quantos milagres! Quem ousaria supor? 

O que mais poderias dar-me, ó Deus, depois de já terdes te oferecido a mim em propriedade?... O teu Coração, ardente de amor por mim, te sugeriu ainda um outro Dom, sim, um outro dom ainda!...

Tu nos mandaste que nos tornássemos como crianças, se quiséssemos entrar no reino dos céus [Mt 18,3]. Tu sabes muito bem que uma criança tem necessidade de uma mãe: Tu mesmo estabeleceste esta lei de amor. Portanto, a tua bondade e a tua misericórdia, criaram para nós uma Mãe, que é a personificação da tua bondade e do teu amor infinitos, e da Cruz, sobre o Gólgota, a ofereceste a nós e nós a Ela...

Além disso, ó Deus que nos amas, decidiste constituí-la dispensadora e medianeira onipotente de todas as graças: Tu não negas nada a Ela, e Ela não é capaz de negar nada a ninguém...

Quem, portanto, poderá então perder-se? Quem, portanto, não alcançará o Paraíso? (Escrito 1145).

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