Dia 19 deste mês as oficinas permanecerão fechadas, calar-se-á o trabalho material e multidões de fiéis e muitos curiosos, apesar de não católicos, tomarão parte da magnífica procissão anual do “Corpus Christi”. Haverá muitos cantos bonitos, música e talvez uma salva de tiros. Entretanto, em algum fétido restaurante (como aconteceu no ano passado em Grodno) alguns bêbados permanecerão ali blasfemando.
Por que e com que objetivo tudo isso? Por que esta pompa que ofende os protestantes e por que estas blasfêmias?
Em Jerusalém no cenáculo, os apóstolos se reuniram em torno do Salvador para comer o cordeiro pascal. Foi aquela a última ceia, o momento da separação, na qual o Salvador havia estabelecido realizar a promessa que havia feito meio ano antes. “Durante a refeição, – narra São Mateus que estava presente – Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu a seus discípulos dizendo: ‘Tomei e comei, isto é o meu corpo’. Tomando depois o cálice, rendeu graças e deu-o dizendo: ‘Bebei dele todos, porque este é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos peca dos’” (Mt 26, 2628). E acrescentou como testemunham São Lucas (22, 19) e São Paulo (1 Cor 11,2425): “Fazei isto em memória de mim”. E desde aquele momento o sacrifício da Santa Missa estabeleceu-se sobre a terra. Cada vez mais frequente, mais difundido. Inicialmente nos subterrâneos das catacumbas e depois em um número sempre maior de igrejas. E no dia de Corpus Christi, o sacerdote, sucessor dos apóstolos, obediente ao mandamento do Homem Deus, repetirá em sua memória a comovente cena da última ceia. O pão se tornará o Corpo vivo de Cristo e o vinho o seu Sangue santíssimo.
Ele, o Criador do céu e da terra e Redentor das almas, sairá pelas ruas e pelas estradas dos seus filhos, levado pelas mãos do sacerdote... Será excessiva esta pompa, ou talvez apenas digna de tal Senhor? O velho Simeão, tendo no braços o esperado Messias, havia profetizado: “Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda... para muitos homens em Israel, e ser um sinal que provoca contradições” (Lc 2,34), e aqueles senhores blasfemam... pobrezinhos... cegos... Recomendamo-los calorosamente à Imaculada.
Escrito de São Maximiliano Kolbe, número 1059
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