Por Frei Sebastião Benito Quaglio Em São Maximiliano Kolbe

São Maximiliano Kolbe, mestre no martírio

Desde os primeiros tempos, os mártires na Igreja foram circundados por uma particularíssima veneração e por grandes honras




Até hoje é possível venerar os túmulos dos mártires cristãos. Eles são invocados como particulares intermediários junto de Deus e são indicados como modelos a imitar. Eu, por exemplo, ao me tornar religioso franciscano, adotei o nome do glorioso mártir São Sebastião. Também São Maximiliano recebeu dos pais o nome de Raimundo Kolbe e ao se tornar religioso escolheu o nome do mártir do século II.

A perseguição aos primeiros cristãos terminou, em partes, com o Edito de Milão no ano 313, contudo, nos dois mil anos de história do cristianismo, a Igreja foi outras vezes ameaçada por perseguições explícitas ou escondidas, seja por parte dos estados e nações, como da parte de ideologias. O século XX não foi exceção em relação à perseguição e o século XXI também se mostra doloroso, sobretudo, para os cristãos do Oriente Médio e África.

No século passado tivemos as ideologias nazista e comunista com atitudes hostis à religião e aos valores cristãos. Entre as milhares de vítimas destas ideologias, um grupo é constituído por aqueles que sofreram pela sua fé em Jesus Cristo.

São Maximiliano Kolbe deu o testemunho da fé em Cristo durante a Segunda Guerra Mundial ao se entregar para morrer no lugar de um pai de família. Não foi um ato improvisado e nem uma surpresa, mas foi um gesto de quem entregou toda a vida às pessoas em diversas situações antes mesmo da grande prova que foi a guerra.

São Maximiliano Kolbe foi uma pessoa que viveu para as demais; e também soube doar a vida em favor de outra pessoa. A visão mística de Kolbe o levou a fundar e desenvolver a Milícia da Imaculada, mas não era uma obra estática ou destinada a ser memorial dele mesmo. A Milícia da Imaculada é a busca em dar respostas de fé ao nosso tempo. Para Kolbe foi a atuação na imprensa, foi a missão no Japão e foi, também, sofrer e morrer no campo de concentração. E para nós, qual o caminho que a Imaculada indica? Como nos doamos è evangelização?

São Maximiliano e os mártires da última guerra são para nós um exemplo e um chamado a sermos fiéis ao ensinamento e à mensagem de Cristo. Não existem valores ou ideologias que possam justificar a negação de Cristo e dos princípios do. Evangelho.




O exemplo de São Maximiliano nos estimula a permanecer fiéis ao nosso Salvador, também se isso suscitar escárnios ou a ironia do nosso ambiente. Jesus nos chama a dar testemunho, assim como chamou os mártires dos primeiros séculos, do século passado, deste século, e São Maximiliano Kolbe para vivermos de forma coerente com o Evangelho: “Quem me reconhecer diante dos homens, também eu o reconhecerei diante do meu Pai que está nos céus” (Mt 10,32).

Deus abençoe você. Proteja você e sua família. Deus acompanhe você em todas as lutas e sacrifícios de cada dia. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém

Escrito por
Frei Sebastião (Arquivo MI)
Frei Sebastião Benito Quaglio

Frei Sebastião Benito Quaglio nasceu em 20 de julho de 1938, em Lendinara, no norte da Itália. Recebeu o nome de batismo Benito Quaglio e, quando emitiu os votos religiosos na Basílica de Santo Antônio (Padova), em 1958, recebeu o nome do mártir São Sebastião. O desejo de evangelizar com Nossa Senhora através dos meios de comunicação sempre permeou sua vida e foi na obra de São Maximiliano Kolbe que ele encontrou um ideal a ser seguido: conquistar o mundo inteiro a Cristo pela Imaculada!

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