Por Frei Sebastião Benito Quaglio Em São Maximiliano Kolbe Atualizada em 29 JUL 2024 - 07H30

São Maximiliano Kolbe, mestre no martírio

Desde os primeiros tempos, os mártires na Igreja foram circundados por uma particularíssima veneração e por grandes honras




Até hoje é possível venerar os túmulos dos mártires cristãos. Eles são invocados como particulares intermediários junto de Deus e são indicados como modelos a imitar. Eu, por exemplo, ao me tornar religioso franciscano, adotei o nome do glorioso mártir São Sebastião. Também São Maximiliano recebeu dos pais o nome de Raimundo Kolbe e ao se tornar religioso escolheu o nome do mártir do século II.

A perseguição aos primeiros cristãos terminou, em partes, com o Edito de Milão no ano 313, contudo, nos dois mil anos de história do cristianismo, a Igreja foi outras vezes ameaçada por perseguições explícitas ou escondidas, seja por parte dos estados e nações, como da parte de ideologias. O século XX não foi exceção em relação à perseguição e o século XXI também se mostra doloroso, sobretudo, para os cristãos do Oriente Médio e África.

No século passado tivemos as ideologias nazista e comunista com atitudes hostis à religião e aos valores cristãos. Entre as milhares de vítimas destas ideologias, um grupo é constituído por aqueles que sofreram pela sua fé em Jesus Cristo.

São Maximiliano Kolbe deu o testemunho da fé em Cristo durante a Segunda Guerra Mundial ao se entregar para morrer no lugar de um pai de família. Não foi um ato improvisado e nem uma surpresa, mas foi um gesto de quem entregou toda a vida às pessoas em diversas situações antes mesmo da grande prova que foi a guerra.

São Maximiliano Kolbe foi uma pessoa que viveu para as demais; e também soube doar a vida em favor de outra pessoa. A visão mística de Kolbe o levou a fundar e desenvolver a Milícia da Imaculada, mas não era uma obra estática ou destinada a ser memorial dele mesmo. A Milícia da Imaculada é a busca em dar respostas de fé ao nosso tempo. Para Kolbe foi a atuação na imprensa, foi a missão no Japão e foi, também, sofrer e morrer no campo de concentração. E para nós, qual o caminho que a Imaculada indica? Como nos doamos è evangelização?

São Maximiliano e os mártires da última guerra são para nós um exemplo e um chamado a sermos fiéis ao ensinamento e à mensagem de Cristo. Não existem valores ou ideologias que possam justificar a negação de Cristo e dos princípios do. Evangelho.




O exemplo de São Maximiliano nos estimula a permanecer fiéis ao nosso Salvador, também se isso suscitar escárnios ou a ironia do nosso ambiente. Jesus nos chama a dar testemunho, assim como chamou os mártires dos primeiros séculos, do século passado, deste século, e São Maximiliano Kolbe para vivermos de forma coerente com o Evangelho: “Quem me reconhecer diante dos homens, também eu o reconhecerei diante do meu Pai que está nos céus” (Mt 10,32).

Deus abençoe você. Proteja você e sua família. Deus acompanhe você em todas as lutas e sacrifícios de cada dia. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém

Escrito por:
Frei Sebastião (Arquivo MI)
Frei Sebastião Benito Quaglio

Frei Sebastião Benito Quaglio nasceu em 20 de julho de 1938, em Lendinara, no norte da Itália. Recebeu o nome de batismo Benito Quaglio e, quando emitiu os votos religiosos na Basílica de Santo Antônio (Padova), em 1958, recebeu o nome do mártir São Sebastião. O desejo de evangelizar com Nossa Senhora através dos meios de comunicação sempre permeou sua vida e foi na obra de São Maximiliano Kolbe que ele encontrou um ideal a ser seguido: conquistar o mundo inteiro a Cristo pela Imaculada!

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