Nossa Senhora e eu

Consagrada a Nossa Senhora ainda no ventre mãe, Maria do Socorro da Silva Gonçalves atua na Milicia da Imaculada (MI) há dez anos. Ela é uma das responsáveis pelo atendimento e acolhimento aos mílites, que entram em contato com a obra para pedir orações, ouvir uma palavra de carinho ou mesmo para atualizar o cadastro e fazer doações.

Natural de Taperoá, na Paraíba, cidade onde morou o escritor Ariano Suassuna, Maria do Socorro vai logo afirmando que não sabe se teve influência do autor na sua vida, mas quando se lembra da avó Atonia Joana Lourenço, fica difícil esconder a emoção. “Era uma mulher forte, de uma fé inabalável em Nossa Senhora das Graças. Ela sempre me levava as missas e minha relação com a mãe de Deus começou dessa maneira”, relembra.

Essa relação com Nossa Senhora das Graças que começou cedo, sempre esteve presente na vida de Maria do Socorro. Ela lembra que morou em vários locais antes de se estabelecer em São Bernardo, com o marido e a filha, mas a presença da mãe de Deus foi constante. “Quando na cidade de São Paulo, havia uma igreja muito próximo da minha casa e não me surpreendi quando descobri que era de Nossa Senhora”, afirma sem esconder o sorriso.

Porém, foi atuando em uma unidade do Correios, em São Caetano do Sul, que ela teve contato com uma revista chamada O Mílite. Ela recorda que sempre pedia uma medalha de Nossa Senhora para os responsáveis por postar a correspondência da MI, mas nunca sobrava uma. Até que ela veio pessoalmente ao MI de São Bernardo e sua vida começou a mudar.

“Naquela primeira visita, quando eu ainda trabalhava nos Correios, senti uma paz que nunca havia sentido antes. Sabia que estava mais perto de Nossa Senhora e de Deus. Além disso, sentia que um dia viria para cá”, afirma.

Foram duas entrevistas de emprego até que ela fosse admitida e fosse encaminhada para o Atendimento ao Milite. Desde então, a vida de Maria do Socorro mudou. Como seu próprio nome, ela passou a socorrer quem precisa de uma palavra de carinho, de atenção e de se sentir mais próximo de Deus.

Ela destaca que a mudança em sua vida pessoal e espiritual foi maior do que esperava, pois agora se sente menos ansiosa e mais preparada para acolher o próximo. “Há dias que vou embora um pouco triste por não poder ajudar mais quem entra em contato com a gente. Porém, na maioria das vezes estou feliz porque fiz a diferença na vida de alguém”, diz.

Além disso, ela afirma que tem a certeza que Nossa Senhora também cuida de todos Seus filhos. “Inclusive sinto a presença dela aqui do meu lado enquanto conversamos. Por isso, #eusoumi”, sorri.