O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (16) que publicou um decreto recomendando que todas as pessoas que saiam às ruas na cidade usem máscaras de proteção em seus deslocamentos.
O objetivo, segundo Covas, é orientar a população a colaborar com a prevenção. A medida, já tomada em grandes cidades do mundo, pode atuar para impedir a propagação da doença.
"Também estamos publicando a partir do dia de hoje um decreto recomendando que as pessoas utilizem máscara de proteção em seus deslocamentos, aquelas de pano feitas em casa, essas máscaras devem ser utilizadas todas as vezes que vamos às ruas", disse o prefeito.
"Estamos abrindo novos leitos todos os dias, mas nada vai adiantar se as pessoas não colaborarem", disse Covas em coletiva à imprensa.
O Brasil tem quase 2 mil mortos por coronavírus, e mais de 20 mil infectados. No estado de São Paulo, o número de mortes confirmadas ou suspeitas de coronavírus ultrapassa 1.200, sendo que a periferia concentra a maioria dos óbitos.
O governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura da capital também decretaram ponto facultativo para os órgãos públicos na próxima segunda-feira (20), véspera de feriado de Tiradentes (21 de abril).
O objetivo é que as pessoas permaneçam em casa para evitar a propagação do coronavírus durante a quarentena, que termina em 22 de abril no estado.
Segundo o governador, João Doria (PSDB), a decisão foi tomada em conjunto entre o estado e a capital.
Covas também anunciou durante a coletiva a criação de um grupo para acompanhar os trabalhos do serviço funerário na cidade. A criação do comitê foi publicada no Diário Oficial desta quinta (16).
De acordo com a gestão municipal, o objetivo é planejar e acompanhar ações relativas aos procedimentos preparatórios e de realização dos sepultamentos decorrentes de óbitos pela Covid-19.
Nesta terça (14), funcionários do serviço funerário de São Paulo reclamaram de falta de materiais de proteção para fazer o sepultamento de mortos por coronavírus e casos de óbitos suspeitos de infecção pela doença.
No Cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste, um dos maiores da América Latina, os coveiros afirmam que mais da metade dos enterros ocorridos nas últimas semanas tinham risco de contaminação.
Ainda segundo relato dos profissionais, a Prefeitura de São Paulo comprou mais de 5 mil sacos plásticos que devem ser usados para proteger os caixões, mas adquiriu um número muito inferior de equipamentos de proteção para uso dos funcionários.
No caso dos terceirizados, não há equipamento de proteção. O sindicato da categoria também cobra transparência da gestão municipal.Leia MaisMandetta admite que deixará o Ministério da SaúdePsicólogos de SP atendem outros profissionais da saúde gratuitamente
A Prefeitura da cidade de São Paulo contratou 220 funcionários para o serviço funerário para substituir os 60% dos funcionários afastados por pertencerem ao grupo de risco do coronavírus.
O serviço funerário também teve outra mudança. Em meio à pandemia de coronavírus, nas mortes por quase todos os tipos de doenças, o velório pode durar no máximo uma hora.
Se o corpo for de uma vítima de Covid-19, ou se houver apenas suspeita indicada, no atestado de óbito, o velório só pode durar 10 minutos.
Fonte: G1/Globo
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