Desastre de Brumadinho é discutido em Plenário da Câmara

Agência Brasil

Ainda estão desaparecidas 155 pessoas

O plenário da Câmara dos Deputados debate nesta quarta-feira, dia 13, em comissão geral extraordinária, as conseqüências do rompimento da barragem na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). O objetivo é discutir as circunstâncias e as responsabilidades.

O diálogo se realiza paralelamente à comissão externa da Casa que formalizou os compromissos da "Carta de Brumadinho". No documento foram definidas prioridades e esforços para impedir acidentes semelhantes, bem como as primeiras audiências públicas.

Amanhã, dia 14, a comissão externa vai ouvir o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, e representantes de órgãos de fiscalização e controle, como Ministério Público, Ibama, Agência Nacional de Mineração (ANM) e Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais.

Na próxima semana, especialistas do Tribunal de Contas da União, Ministério de Minas e Energia e da Agência Nacional de Águas (ANA) vão dar depoimento.

Deputados e senadores se mobilizam para a criação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs).

Solicitações - Os deputados Áurea Carolina (PSOL-MG) e André Janones (Avante-MG) encaminharam solicitações para a Vale liberar a lista com os nomes dos presentes na mineradora no momento do desastre. Segundo Janones, em Brumadinho é recorrente a informação de que o número é superior ao divulgado pela empresa, podendo chegar a 800.

A comissão externa foi a Brumadinho no último dia 8 para checar os impactos da tragédia. Os deputados também se comprometem a se empenharem numa semana de esforço concentrado para votar, no plenário da Câmara, diversas propostas que auxiliem na prevenção de crimes socioambientais no país.

Investigações - A Câmara vai instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para integrar e agilizar o trabalho de deputados e senadores na punição aos responsáveis pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. Na segunda-feira, dia 11, o Senado anunciou uma CPI para apurar o acidente.

Ontem, dia 12, na reunião da comissão externa, os deputados disseram estar preocupados com riscos de rompimento de outras barragens e aprovaram solicitações de audiência pública para discutir os casos de Casa de Pedra, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e da barragem Sul Superior da Mina Gongo Soco, também da Vale, no município de Barão de Cocais.

Com informações da Agência Brasil e Agência Câmara