Por Núria Coelho Em Cidadania

Sarampo aumenta no mundo e mata mais de 200 mil pessoas

Brasil entre oito países que retomaram imunização após adiamento causado pela pandemia de Covid-19

Divulgação
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Campanha de vacinação em massa contra o sarampo no Sudão do Sul


O sarampo matou mais de 207,5 mil pessoas somente no ano passado. A informação é da Organização Mundial da Saúde, OMS, e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, CDC, que realizaram uma pesquisa conjunta.

A Iniciativa do Sarampo e Rubéola, implementada pela agência da ONU e parceiros, revela que o total de mortes aumentou pela metade ao atingir 869.770 entre 2016 e 2019.

Progresso

A pesquisa divulgada nesta quinta-feira, (12), em Genebra, sugere que a alta dos casos ocorreu em todas as regiões do globo.

A reversão na luta contra o sarampo ocorre após “um progresso global constante” entre 2010 e 2016.

O estudo compara ainda o mínimo histórico de notificações do ano passado com o de 2016. De acordo com especialistas, a falta de vacinação de crianças com as duas doses foi o principal fator do aumento de novos casos e de mortes.

O sarampo se espalha quando pessoas não imunizadas contaminam outras também sem vacina ou com a imunização incompleta.

Brasil

Para controlar o sarampo e prevenir surtos e mortes, as taxas de cobertura de vacinação com as duas doses devem chegar a 95% e ser mantidas em níveis nacional e subnacional.

Em nível global, a cobertura universal da primeira dose, a MCV1, estagnou há mais de uma década em níveis entre 84% e 85%. Já a cobertura do MCV2 tem aumentado de forma constante, mas ainda está em torno de 71%.

O documento menciona o Brasil como um dos oito exemplos de nações que durante a resposta global à pandemia de Covid-19 retomou as campanhas planejadas depois de terem sido adiadas em 2020.

Esforços

Os outros são República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Etiópia, Nepal, Nigéria, Filipinas e Somália. O relatório alerta que a atual crise do sarampo não deve piorar na pandemia.

Este ano, embora com um total de casos notificados menor que em 2019, ocorreram interrupções na vacinação e os esforços para mitigar e minimizar os surtos foram suspensos.

Somente este novembro, mais de 94 milhões de pessoas correm risco de perder vacinas devido à suspensão das campanhas contra o sarampo em 26 países. Muitos deles enfrentam surtos contínuos.

Benefício

O relatório recomenda abordar as diversas causas do fracasso no controle do sarampo. Os países afetados e em risco devem garantir que as vacinas estejam disponíveis e administradas com segurança. Os cuidadores devem entender o benefício da vacina para salvar vidas.

Este mês, a OMS e o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, emitiram um apelo de emergência para prevenir e responder a surtos de sarampo e pólio.

Além das duas agências da ONU, a Iniciativa do Sarampo e Rubéola inclui a Cruz Vermelha dos Estados Unidos, a Fundação das Nações Unidas, o Centro de Controle de Doenças dos EUA.

Entre os parceiros globais que apoiam com recursos para o cumprimento da imunização na crise do sarampo estão a Aliança Internacional de Vacinas Gavi e a Fundação Bill e Melinda Gates.

Fonte: ONU NEWS

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