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Encontro com o Ressuscitado marcou a vida do apóstolo Paulo

Em entrevista à Rede Imaculada de Comunicação, a religiosa Paulina Helena Corazza fala sobre o santo que inspirou a ordem e os trabalhos que realizam

Escrito por Cibele Battistini

25 JAN 2024 - 06H30 (Atualizada em 25 JAN 2024 - 16H45)

Celebramos, no dia 25 de janeiro, a festa litúrgica da Conversão de São Paulo Apóstolo, um dos maiores propagadores do evangelho de Jesus no Novo Testamento. Paulo evangelizava os gentios e viajou bastante em missão e, desta forma, converteu muitos ao cristianismo. Paulo é um dos pilares da Igreja Católica junto com Pedro.

Irmã Helena Corazza, religiosa da Congregação Filhas de São Paulo (Paulinas), autora, Jornalista e Doutora em Comunicação concedeu uma entrevista à Rede Imaculada de Comunicação, falando sobre o santo que inspirou a ordem e os trabalhos que realizam.

RI - Irma Helena, o que a história de São Paulo e da sua conversão nos diz nos tempos atuais?

HC - O que marcou a vida do apóstolo Paulo foi o encontro com o Ressuscitado na estrada de Damasco. Essa experiência com o Ressuscitado fez com que ele redirecionasse a vida. E nós conhecemos pelos Atos dos Apóstolos toda a sua experiência. É a experiência com Jesus que faz dele um apóstolo incansável. Ele carrega a bagagem cultural, religiosa, zelosa e dá a tudo uma nova direção. É nesta chave que ele se torna o apóstolo dos gentios, ou seja, daqueles que pertencem a outras culturas, adoram outros deuses e não conhecem o Deus de Jesus Cristo.

RI - Este homem missionário que transitou nas diferentes culturas no seu tempo, nos anima e desafia a sermos nós hoje esses discípulos e discípulas missionários e missionárias que dialogam com a diversidade cultural e religiosa dos tempos atuais?

HC - Paulo foi um missionário itinerante, evangelizou as cidades, ia ao encontro das pessoas onde quer que se encontrassem: nas sinagogas, nas casas, na beira do rio como foi com Lídia, nos locais de cultura e novidades como no areópago, onde ele fala sobre o “Deus desconhecido”. Ele abriu as fronteiras para o Evangelho e se comunicou de todas as formas possíveis em sua época: a pé, a cavalo, de barco, com cartas. Ele formou lideranças e comunidades.

RI - Como nasce a congregação das Irmãs Paulina e qual o carisma?

HC - A congregação das Filhas de São Paulo (Paulinas) começa em Alba, Norte da Itália, em 1915, no início da primeira Guerra Mundial com a missão de evangelizar com a boa imprensa. As irmãs assumiram o jornal em Susa, Val Susa; escreviam, imprimiam e vendiam o jornal. O que causava escândalo de ver a mulher neste espaço público não usual na cultura da época.

Alberione, o fundador, enviou-as a estudar e se preparar. Uma líder do grupo e primeira superiora geral foi Irmã Tecla Merlo, que procurou formar as primeiras irmãs. Um filme sobre ela mostra a perplexidade dos clérigos por ver que elas estudavam servindo-se dos mesmos livros que eles. Desde o início elas andavam de motonete, de carro porque era preciso servir-se de todos os meios para que o Evangelho chegasse às pessoas.

O nome Filhas de São Paulo, popularmente, Paulinas, é devido ao Santo Protetor e Pai da congregação, como dizia o fundador: São Paulo. Dele haurimos o espírito, a espiritualidade missionária centrada em Jesus Cristo; dele aprendemos o modo de evangelizar indo ao encontro das pessoas, especificamente pelos meios de comunicação. Alberione foi pioneiro em colocar a mulher neste espaço público para a missão.

RI - Em quais localidades do Brasil as Irmãs Paulinas estão presentes?

HC - A congregação está presente em 52 países de todos os continentes. O Brasil é a primeira fundação fora da Itália. Estamos presentes em quase todos os Estados da Federação: São Paulo (SP) é a sede, Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Manaus (AM), Belém (PA), São Luís (MA), Teresina (PI), Recife (PE), João Pessoa (PB), Natal (RN), Maceió (AL), Aracaju (SE), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), Niterói (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Cuiabá (MT), Porto Velho (RO). E com as redes sociais e pela internet, no mundo – Livraria Virtual - https://universo.paulinas.com.br/

RI - A senhora me contava sobre os laboratórios, o que são e a quem são destinados?

HC - Paulinas trabalha com formação de lideranças nas áreas de comunicação, catequese, educação, Bíblia. Os laboratórios fazem parte do curso de Especialização, Comunicação, Teologia e Cultura: teórico-prático, que realizamos em módulos de 15 dias nas férias escolares: janeiro de Julho.

Dele participam lideranças, religiosas: padre, seminaristas, religiosas, leigos e leigas, educadores e interessados. Trabalhamos com metodologia teórico-prática e há um revezamento nas disciplinas práticas com diferentes opções como Rádio, Internet, Vídeo, Publicidade, Jornal, Teatro. Os alunos vão escolhendo. Sabendo que tudo é trabalhado no contexto da cultura digital. Há uma capacitação dessas lideranças para que possam atuar com eficácia em sua pastoral. Na missão, cursos presenciais e EAD nas diferentes áreas: Comunicação, Bíblia, Catequese, Educação, entre outros.

Acompanhe a entrevista: 

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