Por Vladimir Ribeiro Em Igreja

Ofertas recolhidas neste domingo constituem a “Coleta Pró Terra Santa”

Objetivo é recolher doações para apoiar as ações de manutenção da estrutura do local

Divulgação
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Coleta será destinada a ação que visa manter estrutura do local


As ofertas recolhidas em todo o mundo neste domingo (13) serão destinadas a ação “Coleta Pró Terra Santa”, que é uma ajuda destinada aos cristãos do Oriente Médio.

“Preservar a história, significa guardar a memória. O nosso é um tempo que vive muito no presente e, portanto, mesmo as pessoas, as escolhas que as pessoas fazem, ou mesmo as comunidades, os povos e nações, hoje tendem a esquecer a própria história, a perder as próprias raízes. A memória, a história, as raízes são fundamentais”, afirma Fr. Francesco Patton, Custódia da Terra Santa.

História, raízes, memória: as da Custódia da Terra Santa remontam há mais de 800 anos. Quando São Francisco de Assis enviou seus frades para estabelecer a “Província de Além Mar”.

Pouco depois, eles mesmos receberiam um mandato claro: guardar – em nome da Igreja Católica – os Lugares Santos, testemunhas da vida, morte e Ressurreição de Jesus. “Nós temos em nossos arquivos documentos preciosos: as bulas papais – incluindo a bula de 1342 com a qual o Papa Clemente VI, de Avinhão, na prática, estabelece a Custódia da Terra Santa -, mas também as bulas anteriores. Para nós têm um duplo valor: por um lado, remetem à nossa história, por outro, têm um valor muito concreto porque nos permitem documentar a nossa presença”, disse.

Um dos momentos chave desta longa história é representado pelo encontro de 1219 entre São Francisco e o Sultão do Egito Al Malek Al Kamel em Damietta, no Delta do Nilo. “Enquanto a Quinta Cruzada se alastrava por todos os lados, esse diálogo pacífico entre dois mundos moldou profundamente o estilo dos frades da Custódia”, afirma Fr. Francesco Patton, Custódio da Terra Santa.

Ainda segundo o Custódio da Terra Santa, as indicações que Francisco dá são sucessivas ao encontro com Sultão, sobretudo, a primeira parte em que diz “não fazer litígios ou disputas” e de colocar-se à serviço de todos com uma clara identidade cristã, parece-me ser uma indicação que, para nós, ao longo destes oito séculos, realmente serviu como uma diretriz.

A ação deste domingo é importante para que se mantenha a estrutura atual. “Daquilo que recebemos, também prestamos conta. Porque todos os anos nos sites da Custódia, Comissários da Terra Santa, Congregação para as Igrejas Orientais, é publicada a lista das obras que fazemos em grande parte graças à Coleta da Sexta-Feira Santa, ou Coleta Pró Terra Santa, que este ano se realiza no dia 13 de setembro. Por isso, todos os, anos pedimos a ajuda, o apoio também econômico de todos os cristãos do mundo, e depois agradecemos o que nos dão como expressão da sua proximidade, solidariedade e amor”, finalizou Francesco Patton, Custódio da Terra Santa.

Fonte: CNBB

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