Formação
O Espírito Santo de Jesus
“Soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo” (Jo 20,22)
Como Jesus transmite o Espírito Santo à sua Igreja? Nathalia Silva nos leva a conhecer o mistério de Deus que se revela nas páginas da Bíblia:
O momento no qual contemplamos o Espírito dado por Jesus nos remete ao Evangelho de São João, no qual nos é revelado este Espírito prometido e dado pelo Filho. Ali, na derradeira ceia, o próprio Cristo o revelará como seu advogado paráclito. O espírito que Jesus dará aos apóstolos será quem o testemunhará e defenderá a nós e à Igreja, diante do mundo e diante de Deus.
No Novo Testamento encontramos Jesus doador do Espírito. Ele mesmo o dá aos crentes, pois sem este Espírito não haveria Igreja – Corpo Místico do próprio Cristo.
De acordo com as reflexões feitas nesta disciplina, o Espírito, dado como um dom e enviado pelo Pai em nome de Jesus, manifesta-se como co-fundador e constituinte da comunidade de fé e passará a agir dentro dela, morando nela e tornando-se tanto testemunha quanto advogado dessa fé.
O Concílio Vaticano II ensina “... pela comunicação do Espírito, constituiu com os seus irmãos, chamados de todos os povos, o seu Corpo Místico” (LG,7). “Porque num mesmo Espírito fomos batizados todos nós, para sermos um só corpo” (1 Cor 12,13).
A este Jesus – doador do Espírito – reconhecemos eterna presença: quando subiu aos céus, não deixou a sua Igreja órfã, mas deu aos discípulos a certeza de ficar com eles até o fim do mundo. “Eis que estou convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28-20).
Para não deixar a Igreja órfã, mandou o Seu Espírito: “Depois… soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo” (Jo 20,22). Portanto, o Paráclito, residente no Cristo, também passa a ser dádiva do Cristo ao homem.
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“Eram como ovelhas que não têm pastor”
O comentário teológico desta atividade messiânica é realizado por uma frase bíblica: “eram como ovelhas sem pastor”. Moisés diante de sua morte pede a Deus que estabeleça como chefe da comunidade “um homem que os preceda no entrar e no sair... para que a comunidade do Senhor não seja um rebanho sem pastor” (Nm 27,17). Como Josué tomará o lugar de Moisés, assim, os discípulos continuarão a missão de Jesus, o pastor messiânico que guia e protege a comunidade cansada e abatida. A motivação profunda do compromisso messiânico-salvífico de Jesus, que deve prolongar-se na missão dos discípulos, está na compaixão, naquele amor gratuito e ativo que o impulsiona a intervir para aliviar as misérias do povo, (Mt 14,14; 15,32; 20,34).
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